12 agosto, 2025
terça-feira, 12 agosto, 2025

“Estava pronto para morrer”, diz israelense após cativeiro em Gaza

Compartilhe

Israelense com camiseta do Brasil, Ele foi refém do Hamas em Gaza - Metrópoles

Omer Shemtov, um jovem israelense de apenas 22 anos, viveu um pesadelo por 505 dias em cativeiro nas mãos do Hamas. Durante esse período, ele enfrentou adversidades desumanas, como a fome e a tortura psicológica. Sua afirmação é contundente: “Estava pronto para morrer”, ele compartilha, revelando uma resiliência incomum em meio à provação. A história dele vibra com esperança e uma força interior que poucos conhecem.

O sequestro aconteceu em 7 de outubro de 2023, quando Omer estava em uma rave na fronteira de Israel. Com mais de 4 mil pessoas se divertindo, um ataque repentino do Hamas alterou o curso de suas vidas. “Estava lá para dançar e me divertir, como qualquer um”, relembra, enquanto a memória do caos e dos disparos ecoa em sua mente. Entre risos e música, cerca de 250 pessoas foram levadas como reféns.

No seu relato, Omer recorda com clareza o momento em que a realidade se transformou. Ao tentar escapar em um carro com amigos, o terror se instalou. A ligação desesperada de uma amiga, informando ao pai que havia sido atingida, ressoou em seu coração. “Eu ouvi tiros por todos os lados e vi as pessoas caírem”, diz, ainda chocado com a brutalidade da situação.

Durante os 505 dias em que ficou no cativeiro, Omer enfrentou condições severas. “Eu estava em uma pequena jaula. Não conseguia me levantar, não conseguia esticar meus braços. Na maioria do tempo, estava completamente escuro. Houve momentos em que eu pensei que estava cego.”

A escuridão foi quase total durante dois meses, acompanhada pela fome constante. “Recebia apenas pão e água salgada. Não tomei banho por 90 dias. Estava imundo, e sentia isso na pele”, conta. Omer fala também sobre a tortura psicológica, onde os sequestradores insistiam que ninguém se importava com ele, o que minava sua esperança e sanidade. A fé que encontrou durante o cativeiro foi seu alicerce: “Mesmo na escuridão, consegui sentir a luz das minhas orações”, confessa.

Desde o início, Omer intuitivamente buscou estabelecer um diálogo com seus captores, uma estratégia de sobrevivência. Em uma dessas tentativas, ele se conectou com um dos homens do Hamas por meio da música. “Cante algo para mim”, pediu o sequestrador, e assim, Omer começou a cantar, fortalecendo sua vontade de viver.

No dia do sequestro, Omer usava sua camisa da Seleção Brasileira, uma homenagem ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno. “É a minha camisa da sorte. Adoro as cores e a energia que ela transmite”, diz, mantendo um carinho especial por tudo que representa o Brasil. “As pessoas, a alegria, a família… tudo isso me encanta”, acrescenta, ansioso para voltar ao país onde se sente acolhido.

Quando finalmente foi libertado, a emoção tomou conta de Omer. “Era felicidade pura”, lembra. O reencontro com seus pais foi um dos momentos mais tocantes, envolvendo abraços e lágrimas. Contudo, a libertação não apaga o trauma: “Não sei se isso vai embora. Essa experiência estará comigo para sempre”, reflete.

Por fim, Omer se dirige a todos, ressaltando a situação de outros reféns ainda mantidos em Gaza. “Conheço a dor deles e a sensação de ser deixado para trás.” Ele conclui com uma mensagem poderosa: o caminho a seguir é um de compaixão e amor. “Independente de quem você é ou de onde vem, a verdadeira missão é amar.”

Deixe sua opinião sobre essa história inspiradora nos comentários e compartilhe com aqueles que precisam ouvir sobre a força da resiliência humana e a importância do amor e da compaixão.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Canaltech
O Itamaraju Notícias está no WhatsApp! Entre no canal e acompanhe as principais notícias da região

Mais para você