26 agosto, 2025
terça-feira, 26 agosto, 2025

“Estou me reerguendo”, diz mulher vítima de 61 socos do ex-namorado

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Juliana Garcia

“Estou me reerguendo.” As palavras de Juliana Garcia, 35 anos, ressoam como um poderoso testemunho de força e superação. Vítima de 61 socos desferidos pelo ex-namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, hoje ela se ergue em um novo capítulo de sua vida. Em uma cerimônia emocionante na Câmara Municipal de Natal, Juliana foi condecorada com a Comenda Maria da Penha, uma homenagem que simboliza não apenas sua resistência, mas a coragem de todas as mulheres que enfrentam a violência.

“Me sinto honrada em representar um caso de resistência. Mesmo diante de tanta agressão, eu consegui me levantar”, declarou Juliana, com um brilho nos olhos que revelava sua determinação inabalável.

Essa homenagem chegou pouco menos de dois meses após o ataque brutal que a deixou com múltiplas fraturas no rosto e na mandíbula. Ao receber a comenda, Juliana expressou sua gratidão à rede de apoio que a acompanhou em sua jornada de recuperação. “O acolhimento é fundamental; gostaria que todas as mulheres tivessem acesso a esse suporte”, destacou, sublinhando a importância da solidariedade em momentos cruciais.

Juliana também fez um apelo ao público, ressaltando a necessidade de acolher sem julgamentos as mulheres que decidem denunciar abusos. “Tão importante quanto a denúncia é o acolhimento. Muitas permanecem no ciclo de violência porque não têm a quem recorrer”, enfatizou, abrindo espaço para uma reflexão sobre a responsabilidade coletiva na luta contra a violência de gênero.

Em um discurso carregado de emoção, Juliana compartilhou os desafios que ainda enfrenta. “Meu rosto do lado direito ainda não está piscando bem, mas acredito que com fisioterapia tudo vai melhorar”, disse, deixando claro que, mesmo após a dor, sua esperança persiste. Ela mantém acompanhamento médico semanal e, embora sua rotina ainda não esteja restabelecida, planeja voltar a estudar e trabalhar, recebendo convites para promover rodas de conversa e palestras.

“Deus me usou como instrumento para dar voz a outras mulheres”, afirmou Juliana. “Eu nunca gostei de holofotes, mas se é para ajudar outras mulheres, vou usar isso a meu favor.” A história de Juliana não é apenas sobre lutar contra suas próprias feridas; é uma chamada à ação, um convite a todos nós para nos unirmos na luta contra a violência e, acima de tudo, para proporcionar o acolhimento necessário a quem precisa.

O fatídico dia 26 de julho traz à tona um relato de horror. Dentro de um elevador, Juliana se tornou alvo de um ataque brutal que começou devido a uma discussão aparentemente banal. Após a agressão, ela foi internada em estado grave e submetida a uma cirurgia de mais de sete horas para reconstrução facial, recebendo alta apenas em 4 de agosto. Igor, seu agressor, foi preso e está atualmente detido, aguardando o desenrolar do processo judicial como réu de tentativa de feminicídio.

Juliana Garcia agora é um símbolo de resiliência. Que sua história inspire cada um de nós a promover amor, justiça e solidariedade. Compartilhe suas reflexões e sentimentos sobre essa luta essencial. Sua voz importa!

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