Num clima de tensão, Estados Unidos e China se reúnem em Madri em um esforço para resolver disputas comerciais e questões delicadas relacionadas ao TikTok. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, declarou que as duas potências estão “muito perto” de um acordo em um dos tópicos mais polêmicos da atualidade. Durante sua entrada no Ministério das Relações Exteriores, Bessent destacou: “Estamos a um passo de resolver o problema do TikTok, e mesmo que não tenhamos sucesso, isso não afetará a relação geral entre os países”.
As discussões incluem questões como a possibilidade de tarifas elevadas às importações chinesas e a insistência dos EUA para que o TikTok seja vendido a um proprietário fora da China. Este movimento poderá evitar uma proibição total do aplicativo no país, que já é uma preocupação constante em Washington.
No entanto, as tensões vão além das negociações sobre o TikTok. Recentemente, Pequim iniciou uma investigação contra a Nvidia, gigante americana de tecnologia, por supostas violações de leis antimonopólio. A Administração Estatal para Regulamentação do Mercado da China não detalhou as acusações, mas enfatizou que está aprofundando essa investigação, que começou em dezembro. Essa ação reflete uma crescente desconfiança em relação ao grupo, especialmente considerando as restrições impostas pelos Estados Unidos sobre a exportação de chips para o país asiático.
À medida que essas potências comerciais trocam acusações, as tarifas entre elas já atingiram níveis alarmantes. Nos últimos meses, os preços aumentaram, com Washington e Pequim impondo taxas que chegaram a três dígitos. Recentemente, ambos os países também concordaram em reduzir temporariamente algumas dessas tarifas, impondo 30% para os EUA e 10% para a China até 10 de novembro.
Na esperança de encontrar um caminho para a colaboração, o Ministério do Comércio da China fez um apelo para que os Estados Unidos trabalhem “com base no respeito mútuo”. As negociações em Madri não são apenas uma troca de palavras; elas podem definir o futuro das relações bilaterais e até abrir caminho para uma cúpula entre Donald Trump e Xi Jinping antes do final do ano.
Esses eventos mostram que, embora os desafios sejam grandes, a busca por um entendimento mútuo continua. O que você acha que será o próximo passo nas relações entre EUA e China? Compartilhe sua opinião nos comentários!