4 setembro, 2025
quinta-feira, 4 setembro, 2025

EUA e Colômbia convocam diplomatas após denúncia de golpe contra Petro

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A tensão entre os Estados Unidos e a Colômbia alcançou um novo patamar, levando à convocação de diplomatas de ambos os países. Em um cenário político incerto, a decisão foi revelada na quinta-feira (3/7), em meio a intensas alegações de um plano para desestabilizar o governo colombiano de Gustavo Petro, com suposta assistência de Washington.

O Departamento de Estado dos EUA anunciou que John McNamara, encarregado de negócios na embaixada em Bogotá, seria chamado de volta para “consultas urgentes”. O comunicado indicou que outras medidas estão sendo planejadas para expressar a “profunda preocupação” com as relações bilaterais, demonstrando a gravidade da situação.

Desde janeiro, McNamara tem sido uma figura central na diplomacia dos EUA na Colômbia, após a retirada do embaixador Francisco Palmieri. As trocas de críticas entre Petro e Donald Trump, especialmente sobre questões de imigração e tarifas, só intensificaram as tensões.

Em uma declaração impactante no X, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, mencionou que a decisão de convocar McNamara era uma resposta às “declarações infundadas e repreensíveis” de altos funcionários do governo colombiano. Por seu turno, o presidente Petro decidiu convocar também o embaixador colombiano em Washington, Daniel García-Peña, em um gesto de reciprocidade.

“Em resposta à decisão do sr. McNamara, encarregado de negócios da embaixada dos EUA na Colômbia, de retornar para consultar, estou, correspondentemente, convocando nosso embaixador Daniel García-Peña nos Estados Unidos para consultas”, declarou Petro.

Essa convocação de diplomatas sinaliza um sério distanciamento entre os países, especialmente após denúncias de uma tentativa de golpe contra o governo de Petro. Recentemente, o jornal espanhol El País expôs áudios que revelam a participação de Álvaro Levya, ex-ministro das Relações Exteriores durante o governo Petro, em um suposto plano para derrubar o atual presidente.

Segundo as gravações, Levya buscou apoio de autoridades americanas e se encontrou com o congressista republicano Mario Díaz-Balart, discutindo a possibilidade de um golpe. Relatos indicam que ele havia tentado contatar o secretário de Estado Marco Rubio e até o próprio Donald Trump, propondo métodos tanto “armados quanto não armados” para desestabilizar Petro, uma figura que Levya considera debilitada.

O ex-chanceler mencionou que, se o plano se concretizasse, a vice-presidente Francia Márquez poderia assumir o poder. Contudo, o governo Trump não mostrou interesse em apoiar a manobra. Após a revelação, Petro alegou que “há um golpe em andamento” e solicitou uma investigação da Justiça dos EUA. Simultaneamente, o Ministério Público da Colômbia iniciou uma apuração sobre a suposta trama, demonstrando a seriedade das acusações.

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