As sanções dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, revelam um cenário mais amplo de reprovação internacional. Desde 2021, a Lei Magnitsky tem sido usada não apenas contra figuras brasileiras, mas também contra líderes de outros países, como o senador libanês Prince Yormie Johnson, famoso por sua brutalidade durante as guerras civis na Libéria.
Prince Johnson ficou notório após um vídeo macabro de 1990, onde aparecia celebrando próximo ao local onde Samuel K. Doe, ex-presidente da Libéria, foi brutalmente assassinado. Associado a cenas de atrocidades, como o uso de crianças como soldados, Johnson liderou uma trajetória política controversa que o levou a se tornar senador em 2005.
Reconhecido como uma das figuras centrais nos conflitos libaneses, Johnson utilizou sua influência política para apoiar campanhas de diversos presidentes, enquanto sua imagem se tornava um símbolo das complexidades da justiça em um país dilacerado pela guerra.
Após o seu exílio na Nigéria em 1992, onde se tornou pastor evangélico, Johnson voltou à Libéria em 2004 e, apesar de uma candidatura presidencial malsucedida em 2011, permaneceu uma figura relevante na política local. Contudo, crimes de guerra, como assassinatos e torturas, foram omissões notáveis em sua biografia, tornando sua ascensão no Senado e o apoio popular contrastantes.
Em 2021, os Estados Unidos determinaram que Johnson estava envolvido em práticas de corrupção, incluindo subornos e compra de votos. Como resultado, entrou para a lista de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, permanecendo nela mesmo após sua morte em 2023. A acusação de corrupção, segundo os EUA, emergiu de esquemas de enriquecimento pessoal que envolveram milhões de dólares.
“Johnson estava envolvido em financiamento de pagamentos ilegítimos, enriquecendo-se à custa do governo da Libéria, sem fornecer nenhuma forma de inteligência em troca”, afirmou o Tesouro dos EUA.
Em paralelo, as sanções contra Moraes e sua esposa alegam violações dos direitos humanos, mesmo sem um julgamento anterior. A presença do ministro entre os sancionados pelos EUA é única para a política brasileira, refletindo um padrão similar ao imposto a líderes de regimes totalitários, como os da Coreia do Norte.
Sancionados pela Lei Magnitsky, tanto Johnson quanto os Moraes estão envolvidos em discussões mais amplas sobre a responsabilidade política e a justiça internacional. Essa qualificação serve como um alerta sobre as consequências de ações não contabilizadas, ecoando indagações sobre ética e moral na política mundial. E você, o que acha sobre o tema? Compartilhe sua opinião nos comentários!