Recentemente, as águas do Mar do Caribe se tornaram o palco de intensas operações militares dos Estados Unidos contra embarcações venezuelanas, agora em uma nova fase de ação. Em apenas uma semana, Washington executou dois ataques, resultando na morte de três indivíduos. O presidente Donald Trump, em uma declaração vigorosa, os qualificou como “narcoterroristas venezuelanos”, enfatizando que essas ações se inserem num esforço contínuo de combate ao narcotráfico.
Porém, a Casa Branca enfrenta críticas sobre a legalidade dessas operações. Os ataques ocorreram em águas internacionais, levantando questões sobre o protocolo, que normalmente exige uma inspeção prévia das embarcações para verificar a presença de substâncias ilícitas. Especialistas em direito internacional apontam que a execução de ataques em áreas não soberanas deve ser justificada apenas em casos de ameaça direta, como pirataria.
A resposta do governo venezuelano não demorou a chegar. Nicolás Maduro classificou a operação como uma “agressão completa” e declarou que as comunicações entre os EUA e a Venezuela estão irremediavelmente rompidas. Ele enfatizou que seu país não cederá a ameaças externas, intensificando ainda mais a tensão diplomática na região. Essa ocorrência segue uma recente mobilização navais dos EUA, que incluiu navios e fuzileiros próximos à costa venezuelana, até mesmo interceptações de barcos pesqueiros do país.
A situação na Venezuela também repercute de forma significativa na Colômbia. O presidente Gustavo Petro comunicou que os EUA revogaram a certificação que reconhecia o país como aliado na luta contra as drogas. Essa avaliação, que garante cerca de US$ 380 milhões em recursos, foi retirada devido ao aumento da produção de cocaína e ao suposto descumprimento das obrigações antidrogas por parte do governo colombiano.
Apesar de marcos impressionantes, como a apreensão de 700 toneladas de cocaína e a destruição de mais de 4.500 laboratórios clandestinos em 2025, os EUA consideram insuficientes as medidas tomadas por Bogotá para conter os cartéis e grupos armados que perpetuam o tráfico. Para Petro, essa retirada da certificação, somada ao movimento de navios americanos na região, configura uma afronta, acentuando as divergências existentes nas abordagens de combate ao narcotráfico.
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