EUA não enviará autoridades de alto escalão à COP30 em Belém

COP30, a cúpula climática da ONU, começa em 10 de novembro em Belém do Pará. – Foto: THOMAS MORFIN / AFP

A COP30, a cúpula climática da ONU, está prestes a começar em Belém do Pará, mas os Estados Unidos estarão ausentes sob a liderança do presidente Donald Trump. Anunciado pela Casa Branca, o país não enviará representantes de alto nível para a conferência que se inicia em 10 de novembro. Em vez de dialogar sobre políticas climáticas globais, Trump está desviando o foco para a promoção da indústria de combustíveis fósseis, um movimento que gera preocupação entre ativistas e especialistas em clima.

O presidente, que já havia retirado os EUA do Acordo de Paris, parece determinado a não participar dos debates cruciais que moldam o futuro ambiental do planeta. “Os Estados Unidos não enviarão nenhum representante de alto nível à COP30”, afirmou um funcionário da Casa Branca em confidencialidade. Em vez disso, Trump prefere manter diálogos diretos com líderes globais sobre questões energéticas, subestimando a importância do encontro anual sobre clima.

Com a ausência de altos negociadores, questiona-se o futuro das iniciativas de cooperação internacional em meio a crescentes ameaças climáticas. Enquanto isso, o Brasil confirmou a presença de menos de 60 líderes mundiais na cúpula, entre eles autoridades de países como França, Alemanha e Reino Unido. A China também se fará presente, através de seu vice-primeiro-ministro. As dinâmicas que surgirão nas discussões, portanto, ocorrerão sem a representação das maiores potências que insistem na dependência de combustíveis fósseis.

Trump tem utilizado seu poder para desafiar a comunidade internacional, ameaçando represálias a nações que consideram um sistema de precificação de carbono, uma proposta da Organização Marítima Internacional da ONU. Os temores de que os EUA se retirem da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima manifestam-se em todo o mundo, com um potencial de reverter avanços conquistados em políticas ambientais nas últimas décadas.

Entretanto, a cúpula também verá a participação de mais de 100 líderes estaduais e locais dos EUA, como governadores e prefeitos, que buscam contrabalançar a posição do governo federal. Gina McCarthy, copresidente do grupo “America Is All In”, reafirmou o compromisso desses líderes em agir a favor do clima. Sua afirmação é poderosa: “Estaremos lá em grande número”, destacando que esses líderes representam duas terços da população americana e, mais importante, estão dispostos a honrar promessas climáticas tanto nacional quanto internacionalmente.

Com 170 delegações credenciadas, a COP30 se apresenta como um palco vital para discussões climáticas. Embora a ausência de certos líderes possa ser desanimadora, a presença de governantes locais indica que o movimento em direção a um futuro mais sustentável continua vivo e vibrante. Agora, mais do que nunca, é essencial que a comunidade global se una em torno de soluções eficazes para enfrentar as mudanças climáticas.

O que você acha sobre a ausência dos EUA na COP30? Você acredita que as ações de líderes locais podem fazer a diferença? Compartilhe suas reflexões nos comentários abaixo!