Neste sábado, 2 de julho, as ruas de várias cidades dos Estados Unidos estarão repletas de vozes que clamam por mudança. O movimento “Rage Against the Regime” (Raiva Contra o Regime), promovido pelo coletivo 50501, promete mobilizar dezenas de milhares de pessoas em mais de duzentos protestos em estados de norte a sul. Este evento marca um novo marco na resistência contra as políticas do governo de Donald Trump.
O nome 50501 simboliza uma ambição audaciosa: realizar 50 protestos em 50 estados em um único dia. Desde o retorno de Trump ao cargo, em janeiro, o coletivo tem se destacado como uma voz proeminente nas manifestações, organizando oito dias de ação nacional. Entre os momentos marcantes, estão os protestos “No Kings”, ocorridos em 14 de junho em homenagem ao aniversário do presidente, e reconhecimentos ao líder dos direitos civis, John Lewis, em 17 de julho.
A pressão nas ruas tem um objetivo claro: mobilizar a sociedade contra práticas que consideram injustas. Em comunicado, os organizadores destacam a urgência de abordar ações como a militarização da agência de imigração ICE e as polêmicas estruturas de detenção que tomaram forma rapidamente, apelidadas de “Alligator Alcatraz”. Além disso, protestos também visam trazer à luz o encobrimento de informações sobre o caso Jeffrey Epstein, os ataques aos direitos da população trans e a destruição de programas sociais essenciais.
Hunter Dunn, coordenador nacional de comunicação do 50501, expressa a indignação coletiva: “A exaltação do neofascismo americano pelo governo Trump nos deu motivos de sobra para nos revoltarmos.” As críticas são direcionadas a práticas que consideram opressivas, muitas vezes descritas como campos de concentração e financiamento de genocídios.
Esperam-se manifestações em grandes centros urbanos como Nova York, Los Angeles, Atlanta e Houston, além de cidades menores. Um mapa interativo com os locais das ações está disponível no site do movimento. Ao todo, 278 grupos locais se uniram para oferecer um espectro diversificado de atividades, desde marchas e discursos até mutirões de limpeza e arrecadação de alimentos.
O movimento se alicerça na filosofia da não violência, mas ressalta que isso não significa passividade. “Estamos unidos, fortes e determinados a mostrar ao mundo a força irresistível de comunidades que se levantam contra a injustiça”, diz o manifesto publicado pelos organizadores.
Inspirado pelo espírito contestador da banda de rock Rage Against the Machine, o “Rage Against the Regime” se prevê como um dos maiores dias de mobilização popular do ano, ecoando um clima de crescente tensão política nos Estados Unidos. Que essa seja uma oportunidade para refletirmos sobre nosso papel na construção de uma sociedade mais justa.
O que você pensa sobre esses protestos? Compartilhe sua opinião e participe da conversa!