3 setembro, 2025
quarta-feira, 3 setembro, 2025

EUA sancionam presidente de Cuba por violações de direitos humanos

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Havana, Cuba

Na última sexta-feira, os Estados Unidos decidiram sancionar formalmente o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em resposta a suas “graves violações de direitos humanos”. Este anúncio coincide com o quarto aniversário dos emblemáticos protestos de 11 de julho de 2021, quando milhares de cubanos, em busca de liberdade e melhores condições de vida, tomaram as ruas com gritos como “Temos fome” e “Abaixo a ditadura”. Aqueles momentos marcaram a maior mobilização do povo cubano desde a Revolução de 1959, resultando na morte de uma pessoa, ferimentos em dezenas e centenas de prisões.

Em meio à tumultuada situação, Díaz-Canel fez um chamado aos seus apoiadores para enfrentar os manifestantes, o que intensificou a repressão. O Departamento de Estado dos EUA anunciou que as sanções visam restringir a entrada no país de “líderes-chave do regime cubano”, em um ato de solidariedade ao povo da ilha e aos presos políticos. Também foram sancionados o ministro da Defesa, Álvaro López Miera, e o ministro do Interior, Lázaro Alberto Álvarez Casas.

Além disso, os EUA impuseram restrições de visto a diversos agentes do sistema judiciário cubano, acusados de envolvimento em prisões arbitrárias e torturas de manifestantes. Embora os nomes não tenham sido divulgados, as medidas fazem parte da política de endurecimento promovida pelo governo do ex-presidente Donald Trump, que reafirmou o embargo econômico e prometeu aumentar a pressão sobre o regime cubano ao retomar a Casa Branca.

Em resposta, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, não hesitou em criticar as sanções, afirmando que, apesar da guerra econômica imposta pelos EUA, a vontade do povo cubano permanecerá inabalável. Enquanto isso, organizações de direitos humanos estimam que entre 360 e 420 pessoas continuam presas por sua participação nas manifestações de 2021, um número contestado pelo governo americano, que fala de 700 detidos, muitos deles sob alegações de tortura.

A batalha pela liberdade se intensifica, especialmente para José Daniel Ferrer, um dissidente que já havia sido libertado em janeiro, mas teve sua liberdade condicional revogada em abril. O senador Marco Rubio pediu uma “prova de vida imediata” e a libertação de todos os presos políticos, destacando que Ferrer está sob tortura na prisão. Sua família relata marcas de espancamento e sinais de maus-tratos, um retrato sombrio da realidade que muitos cubanos enfrentam.

Em uma tentativa de desestimular o regime cubano, o Departamento de Estado ampliou a lista de locais proibidos para turistas americanos, incluindo propriedades associadas ao governo, como o luxuoso hotel “Torre K” em Havana. Segundo Rubio, essa é uma forma de impedir que “dólares americanos financiem a repressão”, enfatizando a situação crítica da população cubana, que enfrenta escassez de alimentos, água, remédios e energia.

Como você se sente em relação a essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre os recentes eventos em Cuba.

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