6 setembro, 2025
sábado, 6 setembro, 2025

Ex-deputado é preso por lavar R$ 140 milhões em esquema criminal

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BRASIL

Deputado Tiego Raimundo dos Santos é preso por suposta lavagem de dinheiro

Redação

06/09/2025 – 9:22 h | Atualizada em 06/09/2025 – 9:43

O deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Jóias

O ex-deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias –

A história de Tiego Raimundo dos Santos, o conhecido TH Joias, ganhou contornos alarmantes na última quarta-feira, 3, quando ele foi preso pela Polícia Federal. A investigação revelou que o ex-deputado supostamente participou de um elaborado esquema de lavagem de dinheiro que movimentou impressionantes R$ 140 milhões em um período de cinco anos. O uso de vias sofisticadas, como grandes volumes de dinheiro em espécie e empresas de fachada, revela um plano meticulosamente arquitetado para esconder a origem ilícita desses recursos.

Documentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Polícia Federal apontam que os valores exorbitantes foram movimentados entre 2021 e 2024. Durante a audiência de custódia, realizada na quinta-feira, 4, o juiz decidiu manter a prisão de TH, que também é acusado de vínculos com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Imagens encontradas durante a investigação mostram TH posando com maços de dinheiro, em situações que sugerem uma vida de ostentação. Alguns relatos indicam que ele esteve em posse de cerca de R$ 5 milhões provenientes do traficante Luciano Martiniano da Silva, o conhecido “Pezão”, atualmente foragido.

A Polícia Federal desvendou um esquema engenhoso, onde TH, junto com outros comparsas, aparentemente transformou dinheiro criminoso em ativos legais. Entre as práticas identificadas estão transferências incompatíveis com a renda declarada dos envolvidos, uso de “laranjas” e operações de câmbio no mercado paralelo.

Durante dois meses de 2024, TH enviou uma quantia impressionante de US$ 1,7 milhão a Pezão. Ele converteria R$ 5 milhões em US$ 1 milhão, parte entregue a Índio e o restante a Dudu, um doleiro em Copacabana. A dinâmica do esquema se desenrolava em sua residência, onde também ocorriam trocas em pequena escala com outros doleiros.

Essa história revela um padrão preocupante: ao usar dinheiro em espécie, os envolvidos buscavam evitar a detecção por controles bancários, camuflando a origem ilícita de seus ativos. A Polícia Federal deixou claro que a extensa movimentação em dinheiro revela uma estratégia voltada para ocultação e dissimulação.

Em nota, a defesa de TH Joias refutou as acusações, chamando-as de absurdas. Segundo eles, trata-se de uma repetição de alegações sem fundamento, persiguiendo um representante legítimo do povo. Destacam, ainda, a falta de acesso a todos os documentos da investigação, o que configura uma violação dos direitos do acusado.

Esta história intrigante levanta questões sobre a relação entre política e crime no Brasil. O caso de TH Joias não é apenas sobre lavagem de dinheiro, mas também sobre a busca por justiça e transparência em um sistema onde a corrupção pode parecer permissiva. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe esta noticia!

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