
Alexandro Broedel, ex-diretor financeiro do Itaú, está em meio a uma batalha judicial, exigindo R$ 15,4 milhões do banco por remunerações que alega serem “devidas e não pagas”. O processo, que ganhou notoriedade no final de 2024, envolve uma complexa teia de acusações de conflito de interesse e fraude, com o Itaú afirmando que Broedel se beneficiou de uma consultoria que mantinha em parceria com Eliseu Martins, professor da USP.
O conflito começou quando o banco iniciou ações contra Broedel e Martins, afirmando que R$ 10 milhões foram pagos indevidamente por serviços de contabilidade. Em resposta, a defesa de Broedel retrucou, acusando o Itaú de agir por despeito, especialmente após a decisão do ex-diretor de transferir-se para o Santander, onde ocuparia um cargo de destaque. A transferência, no entanto, não ocorreu, e um novo diretor assumiu a posição.
Broedel defende que a recusa do Itaú em honrar os bônus relativos aos meses trabalhados é infundada. Ele ressalta que os bônus eram pagos em 30% em dinheiro e 70% em ações preferenciais, diluídos em um período de três anos, seguindo práticas padrão do setor. Mais que a disputa financeira, Broedel contesta as acusações, alegando que o Itaú já estava ciente de sua parceria com Martins desde 2012.
Além disso, a defesa argumenta que a colaboração entre Broedel e Martins gerou benefícios ao banco, ajudando a moldar estratégias que reduziram cargas tributárias. No entanto, Broedel alega que sua reputação foi gravemente afetada, afirmando que o Itaú quebrou seu sigilo bancário ao expor informações confidenciais durante o processo. Ele afirma que Martins sofreu pressões que culminaram em um acordo com o banco, mencionando até tentativas de comprometer a família do professor.
Em contrapartida, o Itaú responde que as ações jurídicas contra Broedel são sustentadas por evidências sólidas e que a suposta sociedade entre o ex-diretor e Martins nunca foi divulgada nas declarações de compliance, conforme registrado. O banco assegura que mantém um compromisso irrestrito com a ética e que qualquer irregularidade será implacavelmente investigada e punida.
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