O governo brasileiro está intensificando a presença militar no Amapá, onde se situa a principal fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Em declaração feita na quinta-feira (3/7), o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, revelou essa iniciativa estratégica que visa reforçar a segurança na região.
Essa movimentação do Exército Brasileiro sucede as preparações para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). O general Paiva inspecionou as áreas fronteiriças no Pará e no Amapá, alinhando os esforços do Comando Militar do Norte (CMN) para a cúpula que ocorrerá em novembro, na capital paraense, Belém.
Após passar pela aldeia de Tiriós, no Pará, o general se dirigiu a Oiapoque, na divisa com a Guiana Francesa. Durante a visita, expressou o desejo de ampliar a atuação do CMN para fortalecer a defesa da Amazônia. “Estamos muito empenhados em completar a brigada, com a inclusão de um Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, tropas de Polícia do Exército, de Logística, e outras capacidades necessárias para a segurança na região”, destacou o general.
“O Exército tem expandido o CMN. Já aumentamos o número de tropas na região amazônica. Aqui em Macapá, temos a 22ª Brigada de Infantaria de Selva e estamos muito empenhados em consolidar essa estrutura para melhor defendermos o Brasil”, afirmou o general.
Essa estratégia também ocorre em um cenário tumultuado nas relações geopolíticas da América do Sul. As tensões aumentam com as declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre a reivindicação de anexação da região de Essequibo, um território rico em recursos e que representa dois terços do território guianense. Recentemente, Maduro assinou uma lei para formalizar essa tentativa de expansão territorial, mesmo que na prática pouco tenha mudado até o momento.
Se as ameaças de uma ação militar contra a Guiana Francesa se concretizarem, as tropas venezuelanas teriam que passar pelo território brasileiro para acessar a Guiana, desafiando a dinâmica de segurança regional. A situação exige atenção redobrada, enquanto o Brasil se prepara para garantir a integridade de suas fronteiras e a paz em sua vizinhança.
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