17 setembro, 2025
quarta-feira, 17 setembro, 2025

Fita adesiva na boca: mãe de autista denuncia escola por maus-tratos

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Imagine o desespero de uma mãe ao ouvir o relato de seu filho de apenas 11 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sobre uma experiência traumática na escola. Recentemente, esse pesadelo se tornou realidade em uma escola na zona sul de São Paulo, quando o menino revelou que uma professora o agrediu, cobrindo sua boca com fita adesiva durante a aula, em frente a seus colegas.

O incidente ocorreu no dia 9 de setembro, conforme detalhou o boletim de ocorrência. Após a situação, a mãe se dirigiu à escola, em busca de esclarecimentos. Ela participou de uma reunião com os proprietários e a coordenadora, onde uma informação chocante foi revelada: as agressões foram filmadas por câmeras de segurança, mas a escola se negou a compartilhar as imagens.

Indignada, a mãe questionou a humilhação que seu filho sofreu diante dos colegas. Durante a conversa, foi informada de que a professora seria demitida, mas dependia de um parecer jurídico para dar andamento ao processo. “Eu sou mãe atípica, mãe de um menino amoroso. Tenho orgulho do meu filho. Mas, hoje, meu maior medo se transformou em realidade: meu filho foi agredido por quem deveria cuidar, proteger e orientar,” desabafou ela. “A violência não pode ser tratada com frieza ou impunidade. O mínimo que esperamos é justiça e o fim do silêncio em torno dessas violências.”

Para o advogado Marcelo Válio, especialista em Direito dos Vulneráveis, essa situação expõe falhas gritantes na proteção de alunos com deficiência em ambientes escolares. “A escola deveria ser um espaço seguro e acolhedor, mas neste caso, deixou a proteção de lado, e um aluno autista se tornou vítima de um crime repugnante,” comentou.

O caso foi comunicado à Delegacia de Proteção da Pessoa com Deficiência e registrado como “maus-tratos.” A escola, em nota, assegurou que prioriza a integridade e o bem-estar dos alunos. Como medida inicial, a professora envolvida foi afastada, e uma sindicância interna está em andamento para aprofundar a investigação.

“Estamos empenhados em garantir a transparência e a justiça em todo o processo,” declara a instituição. Contudo, a situação ressalta a importância de um diálogo aberto e contínuo sobre a proteção dos vulneráveis, em qualquer ambiente educational.

Você já passou por uma situação semelhante ou conhece alguém que tenha enfrentado desafios em ambientes inclusivos? Compartilhe sua experiência nos comentários e vamos juntos discutir a importância do respeito e da proteção nas escolas.

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