Em Porto Seguro, a tensão fervia. Na sexta-feira (4), cinco indígenas pataxó foram detidos pela Força Nacional por porte ilegal de armas em uma área de conflito fundiário. O que parecia ser uma operação rotineira rapidamente se transformou em um episódio dramático. Durante o transporte dos detidos para a delegacia, viaturas foram cercadas por cerca de dez veículos, repletos de membros da mesma etnia. A exigência era clara: a libertação imediata dos capturados.
Os indígenas, em número superior às forças de segurança, usaram sua força numérica para intimidar os agentes. Diante da crescente tensão e da ameaça de violência, os policiais, temendo pela segurança de todos, decidiram liberar os prisões. Embora os detidos fossem libertados, as armas e munições apreendidas foram mantidas sob custódia da Força Nacional.
A detenção inicial ocorreu durante um patrulhamento nas proximidades da Aldeia Barra Velha. Na caminhonete onde os cinco indígenas estavam, foram encontrados um revólver calibre .38, duas pistolas 9mm e uma quantidade significativa de munições. A situação chegou a um ponto crítico, com reforços da Polícia Militar e da Força Nacional sendo enviados à área para restabelecer a ordem.
Após o resgate, as equipes de segurança foram escoltadas até a sede da Polícia Federal em Porto Seguro, onde apresentaram o armamento apreendido. A Polícia Federal, agora às voltas com a investigação, busca identificar os responsáveis pela ação que resultou na liberação dos indígenas. As operações na região contam com o apoio do Ministério da Justiça, da Funai e de forças de segurança estaduais e federais. Vale ressaltar que, apenas um dia antes, um cacique e mais três indígenas já haviam sido detidos no mesmo local, também com armamento.
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