
Em uma ação decisiva, a Polícia Civil de São Paulo desencadeou uma operação exemplar no interior do estado, resultando na apreensão de mais de duas toneladas de cobre. Realizada na terça-feira, 26 de agosto, essa operação inscreve-se no combate ao comércio ilegal de metais, com foco especial no cobre, proveniente de furtos de fiações elétricas e de telefonia. Durante a ação, 89 estabelecimentos foram vistoriados e quatro indivíduos foram detidos em flagrante.
Denominada “Cegueira Deliberada”, a operação é coordenada pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 5), com sede em São José do Rio Preto. O delegado Everson Contelli, responsável pela Seccional local, destaca que os resultados já refletem um impacto positivo: “Comerciantes começam a se adequar, nos termos da notificação da Polícia Civil”. Essa mudança de comportamento é um sinal de que a conscientização sobre a responsabilidade legal em relação à origem dos produtos está começando a se instalar.
Durante a operação, muitos estabelecimentos exibiam cartazes que indicavam a venda de materiais somente mediante comprovação de origem, evidenciando um movimento em direção à legalidade e transparência. Porém, as autoridades alertam que fechar os olhos para as origens ilícitas dos produtos não exime comerciantes de responsabilidade. A ignorância deliberada pode resultar em penalizações severas, como a receptação qualificada, que pode levar a penas de reclusão que variam de 6 a 16 anos, além das sanções por furto, que podem alcançar até 8 anos.
As diretrizes para o comércio de metais são claras: estabelecimentos como ferros-velhos e empresas de reciclagem precisam seguir rigorosamente uma série de obrigações para evitar complicações legais. Isso inclui exigir documentos como identidade e comprovante de residência dos vendedores, além de um registro meticuloso das transações, que deve incluir a data da compra, detalhes do vendedor e informações sobre o produto. A atenção ao material adquirido é crucial, especialmente no que tange a itens suspeitos, como fios queimados ou cortados de forma irregular.
Esse movimento não só visa proteger as empresas, mas também garante a segurança da sociedade, combatendo a criminalidade que se beneficia da venda de materiais furtados. Você conhece alguém que trabalha no comércio de metais? Como você vê a atuação das autoridades nessa área? Compartilhe suas opiniões nos comentários!