Em um momento crucial para o futuro do Oriente Médio, a França reafirmou que a única saída viável para o conflito israelense-palestino é a criação de dois Estados independentes, um israelense e um palestino, que coexistam em paz. O apelo foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, em uma conferência internacional convocada pela ONU, cuja realização se alinha com o anúncio do presidente Emmanuel Macron de que a França reconhecerá a Palestina em setembro.
Barrot enfatizou que somente uma solução política pode atender às aspirações legítimas de ambos os povos. A conferência, presidida também pela Arábia Saudita, ocorre em Nova York e busca revitalizar a ideia de dois Estados, um conceito que remonta à decisão da ONU em 1947 de dividir a Palestina em dois Estados, o que culminou na criação de Israel no ano seguinte.
O chanceler saudita, príncipe Faisal bin Farhan, reforçou a mensagem, declarando que um Estado palestino independente é a chave para a paz na região. Contudo, ele condicionou a normalização das relações com Israel à concretização desse objetivo. Enquanto isso, a ausência dos Estados Unidos e de Israel na conferência deixa dúvidas sobre a viabilidade das discussões. O governo americano, por sua vez, desconsiderou o evento como uma “artimanha publicitária”.
Apesar do crescente apoio da comunidade internacional à solução de dois Estados, as recentes tensões, especialmente a guerra em Gaza e a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, despertam preocupações sobre a possibilidade real de um Estado palestino. A França busca agora persuadir outras potências a reconhecer a Palestina, enquanto o reconhecimento por parte de países como o Reino Unido e a Alemanha é ainda considerado remoto.
Em meio a um cenário de crescente pressão por parte da comunidade internacional e o agravamento da situação humanitária em Gaza, a resposta do ex-chanceler da Costa Rica, Bruno Stagno, sintetiza um sentimento coletivo: apenas discursos vazios e mais debates não serão suficientes para mudar a realidade enfrentada pelos palestinos. Stagno clama por ações concretas, incluindo sanções seletivas e um embargo de armas contra Israel.
A urgência desse cenário nos leva a refletir: o que você pensa sobre a possibilidade de paz na região? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias sobre como podemos avançar para uma solução duradoura.