Na última segunda-feira, 25, um episódio tenso na diplomacia internacional eclodiu quando o governo francês convocou o embaixador dos Estados Unidos na França, Charles Kushner. Seus comentários, considerados “inaceitáveis”, foram uma resposta direta às críticas ao presidente Emmanuel Macron e à política francesa no combate ao antissemitismo.
Kushner, em carta ao presidente Macron, manifestou sua preocupação com o alarmante aumento de atos antissemitas no país, afirmando que “não há um dia na França em que judeus não sejam agredidos nas ruas”. O tom incisivo da carta enfatizou que sinagogas, escolas e empresas judaicas estão sob constante ataque e que declarações do governo francês, relacionadas ao reconhecimento de um Estado palestino e críticas a Israel, poderiam estar fomentando extremismos.
Essas declarações coincidem com as críticas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que acusou Macron de “alimentar o fogo antissemita”. Diante dessa polêmica, o Ministério das Relações Exteriores da França não hesitou em rebater, qualificando as observações de Kushner como ataques à soberania do país, infringindo a Convenção de Viena de 1961, que proíbe a ingerência em assuntos internos de nações.
Esse episódio ocorreu em um contexto delicado. Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, os atos antissemitas na França têm aumentado, transformando o debate sobre a segurança da comunidade judaica em uma questão premente e preocupante.
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