9 setembro, 2025
terça-feira, 9 setembro, 2025

França julga médico acusado de envenenar 30 pacientes

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Em um dos julgamentos mais esperados da última década, o anestesista francês Frédéric Péchier, de 53 anos, se senta no banco dos réus, enfrentando a pesada acusação de ter envenenado 30 pacientes. Desses, 12 não sobreviveram. A audiência, que teve início nesta segunda-feira (8/9) em Besançon, levará meses e culminará em um veredito previsto para 19 de dezembro.

O ex-anestesista, que atuou em duas clínicas privadas entre 2008 e 2017, está agora diante de mais de 150 processos, movidos por famílias das vítimas e representados por cerca de cinquenta advogados. Ele se apresenta visivelmente abalado, recebendo o apoio de parentes e amigos ao chegar ao Palácio da Justiça.

Considerado o “denominador comum” dos envenenamentos, Frédéric sempre declarou sua inocência. Ele pode enfrentar uma condenação à prisão perpétua, embora nunca tenha sido preso durante a investigação, tendo sido mantido em liberdade sob condições judiciais. Desde 2017, no entanto, não exerce mais sua profissão.

À véspera do julgamento, Péchier expressou sua apreensão sobre o longo processo e defendeu sua posição, alegando ter argumentos sólidos. “Entendo a dor das famílias, mas não sou responsável por isso”, afirmou a uma rádio local. Seu advogado, Randall Schwerdorffer, ressalta que este é o primeiro momento em que o médico poderá se explicar diante do tribunal.

Péchier é suspeito de ter injetado substâncias letais nas bolsas de infusão, levando a paradas cardíacas em pacientes antes de muitas vezes intervir nas reanimações. Os primeiros casos analisados pelo tribunal incluem o de Sandra Simard, que sobreviveu a uma parada cardíaca durante uma cirurgia, e de Jean-Claude Gandon, a última vítima conhecida, que também foi reanimado. Os debates se estenderão por semanas, onde cada caso será cuidadosamente revisado.

Complicando ainda mais as alegações, os promotores destacaram uma suposta intenção de prejudicar colegas. Péchier era considerado um profissional habilidoso que sabia como agir para não levantar suspeitas, variando os venenos utilizados ao longo do tempo. O advogado Frédéric Berna destaca a gravidade do caso: “Vítimas que nunca tiveram relação com ele e que não mereciam isso.”

No recente livro “Le temps qu’il lui reste” (“O tempo que lhe resta”), Plana Radenovic explora a defesa do anestesista, argumentando que não existem provas concretas e que outras pistas foram ignoradas. O desenrolar desse caso ficará gravado na história, não apenas pela gravidade das acusações, mas pela complexidade das emoções envolvidas.

Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre este caso intrigante. O que você pensa sobre o julgamento de Frédéric Péchier? Deixe seu comentário e participe dessa discussão.

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