11 setembro, 2025
quinta-feira, 11 setembro, 2025

Fusão de buracos negros mais barulhenta já detectada confirma teoria de Stephen Hawking

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Em 2015, um marco na ciência foi alcançado quando a teoria da relatividade geral de Albert Einstein ganhou vida ao serem detectadas ondas gravitacionais. Essas ondulações no espaço-tempo, previstas quase um século antes, abriram portas para uma nova era de exploração do cosmos. Agora, ao celebrarmos dez anos dessa descoberta, um novo estudo publicado na revista Physical Review Letters desafia a mente de outro gigante da física: Stephen Hawking.

Confirmado: buracos negros resultantes de fusões não podem ser menores que aqueles que os formaram. Crédito: Aurore Simonnet (SSU/EdEon)/LVK/URI

Recentes descobertas revelaram:

  • Cientistas detectaram a fusão de dois gigantescos buracos negros a mais de um bilhão de anos-luz da Terra;
  • Nomeado GW250114, o sinal foi quase quatro vezes mais nítido em comparação com a primeira detecção;
  • Avanços tecnológicos permitiram calcular com precisão as áreas e a rotação dos buracos negros envolvidos;
  • A descoberta confirma a previsão de Hawking de que a área final nunca diminui;
  • Esta ampliação de conhecimento abre novas possibilidades para a exploração cósmica.

O fenômeno das ondas gravitacionais, que se espalham pelo cosmos à velocidade da luz, é resultado de eventos cataclísmicos, como a fusão de buracos negros ou estrelas de nêutrons. A primeira detecção foi em 14 de setembro de 2015, quando o LIGO, um dos principais observatórios dos EUA, captou o sinal GW150914, oriundo da colisão de dois buracos negros imponentes, cada um com mais de trinta vezes a massa do Sol.

Essa descoberta não apenas confirmou a teoria de Einstein, mas também rendeu o Prêmio Nobel de Física a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne em 2017. Desde então, mais de 300 sinais semelhantes foram registrados pelos detectores LIGO e Virgo, triplicando o número de eventos conhecidos.

O recente sinal GW250114, registrado por uma equipe internacional que inclui especialistas do centro australiano OzGrav, é notável pela clareza de suas informações. Essa precisão permite que os cientistas testem uma das teorias mais revolucionárias de Hawking. Na década de 1970, ele e Jacob Bekenstein propuseram que a área do horizonte de eventos de um buraco negro – a região de onde nada pode escapar – nunca diminui. Em outras palavras, os buracos negros não encolhem.

Sinais de ondas gravitacionais registrados pelo detector LIGO com quase dez anos de diferença. Crédito: LIGO/J. Tissino (GSSI)/R. Hurt (Caltech-IPAC)

Bekenstein também ligou a área do horizonte à entropia, que representa a desordem do Universo. A segunda lei da termodinâmica afirma que a entropia nunca diminui, portanto a área dos buracos negros deve aumentar. As colisões de buracos negros provêm o cenário perfeito para investigar essa teoria.

Os dados do evento GW250114 confirmaram, com uma precisão sem precedentes, que a área do buraco negro resultante é, de fato, maior do que a soma das áreas iniciais. Essa é uma evidência robusta da lei da área de Hawking, reforçando a lógica simples que rege esses titãs cósmicos, baseando-se em massa e spin.

A expectativa é que futuras medições de ondas gravitacionais possibilitem a exploração de teorias ainda mais ousadas, como a busca por respostas sobre a matéria escura e a energia escura, que continuam a desafiar a compreensão humana. Você acredita que estamos prontos para desvendar esses mistérios? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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