28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Galipolo afirma que incerteza vai diminuir conforme tarifas dos EUA forem se consolidando

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O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, ressaltou que a incerteza econômica global, exacerbada pelas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, ainda está longe de ser resolvida. Em sua recente palestra na abertura do 33º Congresso e Expo Fenabrave, ele destacou que os impactos disso são profundos e generalizados, mas que a estrutura do câmbio flutuante no Brasil é um trunfo crucial.

“Ter um câmbio flutuante é uma das nossas principais linhas de defesa”, afirmou Galipolo. Ele deixou claro que não há intenção da autoridade monetária de interferir no mercado de câmbio. Em vez disso, o Banco Central se dedica a garantir a funcionalidade desse mercado, enfatizando o impacto do câmbio sobre a inflação pelo mecanismo de pass-through.

O presidente salientou que a economia brasileira é menos dependente da economia dos EUA do que se imaginava. Com uma pauta de exportação diversificada, o país poderia não sofrer tanto com uma eventual desaceleração econômica americana. “À medida que avançamos para 2025, a percepção muda: países mais dependentes da economia americana enfrentarão maiores dificuldades se as tarifas forem ampliadas”, comentou.

Galipolo enfatizou que, embora a situação atual apresente incertezas, há uma expectativa de que a clarificação sobre as tarifas norte-americanas possa reduzir essa dúvida. Ele destacou que a incerteza, mais do que as tarifas em si, representa um desafio significativo. Além disso, apontou que os Estados Unidos desempenham um papel central na economia global, representando cerca de 25% do PIB mundial e dominando 70% dos ativos investíveis.

Diante dessa realidade, Galipolo ressaltou a inevitabilidade de o Brasil e outras economias estarem atentos ao que se passa nos EUA, especialmente em um cenário de revolução tecnológica, como a causada pela inteligência artificial. “O mercado americano é praticamente inescapável para quem deseja estar exposto a esses riscos”, concluiu.

Quais são suas opiniões sobre as incertezas econômicas globais e seu impacto no Brasil? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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