Aos 75 anos, Galvão Bueno demonstra que a paixão pelo trabalho é um combustível que não se esgota. Atualmente, narra futebol no Amazon Prime Video e apresenta um programa semanal na Band, enquanto ainda nutre sonhos e anseios. No entanto, também carrega algumas mágoas da sua trajetória, especialmente em relação à sua saída da TV Globo.
Em uma reveladora entrevista à Folha, Galvão compartilhou detalhes da sua despedida da emissora, onde sentiu que foi tratado com falta de elegância. Ao término de seu contrato, decidiu que não aceitaria trabalhar em concorrentes por um período de dois anos. Contudo, ao narrar um jogo da seleção brasileira contra o Marrocos em março de 2023, a relação com a Globo se complicou. O pedido da emissora para que ele apresentasse um projeto gerou estranhamento: “Achei um pouco de desaforo”, disse o narrador, que sentiu que, após 43 anos de sucesso, não precisava justificar sua continuidade.
Maior nome da narração esportiva no Brasil, Galvão tem em sua trajetória títulos mundiais, medalhas de ouro em Olimpíadas e corridas inesquecíveis da Fórmula 1. Uma de suas grandes mágoas, no entanto, é não ter narrado os triunfos de Guga em Roland Garros. Olhando para o futuro, Galvão vê potencial em João Fonseca, que pode se tornar o próximo grande ídolo nacional. O narrador, entretanto, aconselha que o tenista encontre um equilíbrio durante as partidas para alcançar seu pleno potencial.
O inquieto Galvão também sonha em comandar um programa de auditório, uma ambição que considera remota, dada sua atual agenda repleta de compromissos. Ele se dedica a diversos projetos fora do jornalismo, é sócio do canal esportivo digital N Sports e ainda narra jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil no Prime Video. A energia e o amor pelo que faz continuam a ser sua marca registrada, mostrando que, mesmo após décadas de carreira, a emoção ainda pulsa forte.
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