9 setembro, 2025
terça-feira, 9 setembro, 2025

Gasto com viagens de pessoas sem cargo cresceu 213% no governo Lula

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Ao longo dos dois primeiros anos do governo Lula, o gasto do governo federal com viagens de pessoas sem cargo no Poder Executivo disparou, atingindo a impressionante cifra de R$ 392,6 milhões — um aumento de 213% em relação a períodos anteriores. Apenas em passagens aéreas, foram gastos R$ 200,9 milhões, representando um crescimento de 267% comparado aos R$ 54,6 milhões da gestão anterior de Jair Bolsonaro.

Esses números são revelados por meio do Painel de Viagens, desenvolvido pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que fornece dados corrigidos pela inflação. Uma figura central neste cenário é a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, que teve suas passagens pagas pelo governo contabilizando R$ 237 mil. Este valor não considera os custos de voos operados pela Força Aérea Brasileira (FAB) ou os gastos da sua equipe de apoio, composta por mais de dez pessoas.

Em várias de suas viagens, Janja usufruiu da classe executiva, um privilégio reservado a ministros e altos servidores, levantando questionamentos sobre a sua elegibilidade para tal tratamento. A Secretaria de Comunicação da Presidência, em resposta, argumentou que os gastos são legais e que a pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na comparação das despesas.

Os gastos com viagens de pessoas sem cargo superaram o aumento geral das despesas de viagem, que englobam servidores públicos. No total, os gastos com viagens ascenderam a R$ 4,5 bilhões em 2023 e 2024, um aumento de 89,3% em comparação com os dois anos anteriores, enquanto os gastos com passagens alcançaram R$ 1,69 bilhão, subindo 99,7%.

O governo justifica esses custos alegando que há situações específicas que permitem o financiamento de viagens de não-servidores, como representantes da sociedade civil em conselhos governamentais. A Secom enfatiza que as passagens pagas a “colaboradores eventuais” estão em conformidade com as regras estabelecidas no Decreto nº 10.193/2019, embora essa alegação suscite debates sobre a transparência e a ética do uso dos recursos públicos.

De acordo com os dados apresentando, a comparação entre os gastos de 2021/2022 e 2023/2024 revela uma tendência alarmante de aumento nas despesas com viagens de não-servidores. Os números são claros: gastos totais com passagens e diárias nos últimos dois anos subiram significativamente, com um aumento de 213% para não-servidores nas passagens e diárias.

A série de gastos levanta questões sobre o gerenciamento responsável do dinheiro público. Como você vê essa situação? Acredita que essa prática de custear viagens de pessoas sem cargo é justificável? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos juntos discutir a importância da transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos!

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