Em meio ao turbilhão das tensões comerciais, o Brasil tomou uma decisão audaciosa: instaurar uma cobrança temporária sobre a importação de resinas de polietileno vindas dos Estados Unidos e do Canadá. Esta medida foi aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) em uma reunião realizada na quarta-feira (27). O objetivo? Proteger a indústria nacional contra a concorrência desleal e os preços predatórios.
A nova regra permitirá uma sobretaxa válida por seis meses, ao mesmo tempo que foram estabelecidas tarifas antidumping sobre folhas metálicas de aço carbono da China e sobre fibras de poliéster provenientes de quatro países asiáticos: China, Índia, Tailândia e Vietnã. Embora a relação entre Brasil e Estados Unidos esteja tensa, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) assegurou que a medida não é uma reação direta à guerra comercial, mas uma proteção fundamentada sobre investigações em conformidade com as normas de comércio internacional.
Além disso, o Gecex/Camex decidiu restringir a entrada de resíduos sólidos, como papel e vidro. Essa limitação foi proposta por fóruns de economia circular e representantes de catadores de materiais recicláveis, destacando a preocupação do governo em promover um ambiente econômico mais sustentável.
Em contrapartida, uma plataforma de apoio à indústria foi lançada com a isenção de impostos de importação para sete produtos, incluindo insumos cruciais para o setor de saúde. O Mdic ainda não divulgou a lista completa, mas essa estratégia visa não apenas facilitar o acesso a recursos essenciais, mas também reduzir os custos para os consumidores. Diversos equipamentos, classificados como bens de capital e tecnologia da informação e comunicação, também foram contemplados pela redução de tarifas. Essas isenções têm como intuito atrair investimentos e modernizar as fábricas no Brasil.
O Gecex/Camex não parou por aí: também foram aprovadas mudanças na Resolução nº 633/2024, parte do Plano Brasil Soberano, que visa amparar empresas brasileiras afetadas pelos impostos impostos pelos EUA sobre as exportações nacionais. Essas mudanças vão garantir que os financiamentos às exportações sigam as novas diretrizes do Fundo Garantidor de Exportações (FGCE), proporcionando um apoio essencial para as operações de crédito internacional.
Quais são suas opiniões sobre essas medidas? Você acredita que o Brasil está no caminho certo em suas decisões para proteger a indústria nacional? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!