
Em uma recente declaração provocativa, Gleisi Hoffmann, Ministra de Relações Institucionais do governo Lula, criticou a decisão dos Estados Unidos de sancionar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) com base na Lei Magnitsky, destinada a punir violações de direitos humanos. Em sua publicação no X, ela desafiou o ex-presidente Donald Trump, sugerindo que ele direcionasse sua atenção ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em vez de um juiz brasileiro.
“Se Trump quisesse realmente punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, deveria usar a Lei Magnitsky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza”, afirmou Gleisi, destacando a grave situação na região, marcada por conflitos entre Tel Aviv e o Hamas.
“Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo”, enfatizou ela, condenando a postura do governo americano.
Além de criticar a decisão dos EUA, Gleisi também defendeu a atuação da Suprema Corte brasileira, que lida com um processo grave contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de promover um golpe de Estado. “Os réus estão tendo todas as garantias do devido processo legal. É assim que a Justiça deve operar, algo que tanto Trump quanto Bolsonaro parecem não entender, já que a extrema-direita não aceita a democracia”, declarou.
Na última quarta-feira (30/7), o governo dos Estados Unidos adicionou Alexandre de Moraes à lista de sancionados. Estas sanções envolvem restrições econômicas, incluindo o congelamento de ativos. Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a posição de defesa da soberania brasileira e expressou solidariedade ao ministro Moraes, afirmando: “É inaceitável a interferência do governo americano na Justiça brasileira. Nós nos solidarizamos com o alvo de sanções motivadas pela traição de políticos que colocam seus interesses acima do nosso povo”.