Goiânia – Em um surpreendente desenrolar de um conflito interno, o coronel da Polícia Militar de Goiás, Edson Luís Sousa Melo Rocha, conhecido como Edson Raiado, e o delegado da Polícia Civil, Carlos Alfama, foram afastados de suas funções. O motivo? Um intenso embate nas redes sociais, onde ambos trocaram acusações e ataques pessoais, levantando questões sobre a atuação policial em Goiás.
O clima de tensão começou na última sexta-feira (17/10), quando o coronel publicou um vídeo criticando a condução de investigações pelo delegado. Em resposta, Alfama não hesitou em revidar, também utilizando as redes sociais para elevar o tom das suas declarações. Com palavras afiadas, cada um buscava expor falhas do outro, mas o efeito foi muito mais corrosivo do que qualquer crítica institucional.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) emitiu uma nota afirmando o afastamento temporário dos dois servidores, que agora estão à disposição das corregedorias para apurar suas condutas. A medida visa preservar a integridade e a colaboração entre as forças de segurança, fundamentais no combate à criminalidade no Estado.
No centro da disputa, o coronel chamou Alfama de “puritano hipócrita”, alegando que suas críticas visavam mais o caráter do delegado do que a própria Polícia Civil. Ele argumentou que estava apenas defendendo o respeito ao sistema de justiça, sem querer desmerecer a instituição. Em suas palavras, a vaidade do delegado estava interferindo nas investigações, o que poderia comprometer o trabalho policial. Esse atrito revela conflitos pessoais e profissionais que vão além de simples debates sobre procedimentos.
Alfama, por sua vez, revidou com igual ferocidade. Afirmações sobre o passado do coronel, sua suposta falta de responsabilidade, e até mesmo comparações sobre suas trajetórias foram utilizadas como armas verbais. O delegado se colocou como o verdadeiro defensor da justiça, enquanto questionava a motivação política do coronel. O tom de indignação foi palpável, com Alfama enfatizando que não permitiria ofensas em público.
A SSP-GO, ao ressaltar que as ações dos dois não podem manchar a colaboração entre as instituições, tenta restaurar a imagem das forças policiais diante da opinião pública. A nota também sublinha a importância do respeito mútuo entre os policiais, algo que parece ter sido esquecido durante essa troca de farpas.
É crucial refletir sobre as implicações desse embate. O que isso significa para a confiança da população nas forças de segurança? O caminho a seguir ainda é incerto, mas resta a esperança de que a apuração traga à tona não apenas os erros de cada um, mas também uma lição sobre a importância da união e do respeito em um sistema que deve atuar de forma coesa.
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