A esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado, é uma condição que afeta cerca de 30% da população mundial. Geralmente associada a dietas ricas em gorduras e açúcares e a um estilo de vida sedentário, essa doença silenciosa também pode ser um reflexo de problemas como diabetes tipo 2, hipertensão e colesterol elevado.
Em excesso, a gordura acumulada no fígado prejudica a execução de funções vitais do órgão, que incluem a filtragem do sangue, a metabolização de medicamentos, a eliminação de toxinas e a produção de proteínas. Com o avanço da doença, as células hepáticas começam a apresentar inflamações, formando cicatrizes, o que pode evoluir para hepatite gordurosa, cirrose e até câncer de fígado. Segundo o médico Marcos Pontes da Clínica Evoluccy, mesmo sem o consumo de álcool, a esteatose pode levar à cirrose, aumentando o risco de hepatocarcinoma, um tipo grave de câncer hepático.
“Importante tratar o quadro inicial para evitar doenças mais graves”, destaca Pontes.
A gordura no fígado geralmente não apresenta sintomas nos estágios iniciais, tornando-se uma condição subdiagnosticada. Quando os sinais começam a aparecer, podem incluir dores abdominais no lado direito, cansaço excessivo, perda de apetite e inchaço abdominal.
- A esteatose hepática ocorre quando as células do fígado acumulam gordura em excesso.
- Nos estágios iniciais, não causa sintomas evidentes.
- Com o avanço da doença, podem surgir dores abdominais, cansaço, fraqueza e dificuldade em perder peso.
- As principais causas estão relacionadas à obesidade, diabetes, colesterol elevado e ao consumo excessivo de álcool.
- A condição é mais comum em mulheres sedentárias, embora indivíduos magros e até crianças possam ser afetados.
A falta de sintomas leva muitos a ignorarem a necessidade de buscar ajuda, mas essa “epidemia silenciosa” é alarmante. A hepatologista Bianca Della Guardia alerta que aproximadamente 25% dos pacientes podem evoluir para hepatite, fibrose ou cirrose se não tratada a tempo.
“Por não causar sintomas, a esteatose é uma condição que frequentemente passa despercebida”, adverte Della Guardia.
Os sinais de alerta mais sérios surgem com a progressão da doença, e a precocidade no diagnóstico é crucial. Exames de ultrassom e de sangue são essenciais para identificar essa condição, mesmo em pessoas magras que têm predisposição genética.
O cuidado com a saúde do fígado deve ser uma prioridade. Estamos no momento certo para agir e reverter esse quadro. Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas experiências ou dúvidas sobre saúde do fígado!