18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Governo avalia reação à derrota no Congresso e ainda não decidiu judicializar queda do IOF

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Câmara dos Deputados

A recente derrubada do decreto presidencial que elevava o IOF acendeu uma chama de tensão entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) aguarda uma reunião técnica com a equipe econômica do Ministério da Fazenda para decidir sobre a possível judicialização do caso, os desdobramentos dessa situação ainda são incertos.

O decreto tinha como objetivo aumentar a arrecadação e garantir o cumprimento da meta fiscal para 2025, mas foi rechaçado com uma votação expressiva: 383 deputados a favor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que anulou o aumento, contra apenas 98. Esse movimento gerou uma reação rápida no governo, que lamentou a falta de cumprimento de um acordo prévio sobre a apresentação de uma proposta de cortes nos benefícios fiscais.

Em resposta à derrota, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), descreveu a votação como precipitada, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defendeu a legitimidade da decisão, afirmando que foi resultado de uma construção coletiva dos parlamentares. Alcolumbre enfatizou que a sociedade rejeitou a proposta desde o início.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou sua preocupação com as repercussões fiscais, alertando que o congelamento orçamentário pode aumentar para até R$ 41 bilhões e que as emendas parlamentares poderão sofrer cortes adicionais em 2025.

Por outro lado, a oposição comemorou a derrubada como uma vitória significativa contra a alta de impostos. Deputados como Sanderson (PL-RS) e Rodrigo Valadares (União-SE) criticaram o governo Lula, alegando que ele busca compensar a perda de receitas por meio do aumento de tributos, enquanto o Congresso agiu em defesa dos contribuintes.

Agora, o governo enfrenta o desafio de encontrar alternativas para cumprir a meta fiscal de 2025, enquanto a possibilidade de judicialização continua a ser discutida em um clima de resistência política. O cenário político deverá ser dominado por essa pressão por um novo contingenciamento de gastos, o que pode impactar ainda mais as relações entre o Planalto e o Congresso nos próximos dias.

O que você acha dessa situação? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre os próximos passos que o governo deve tomar!

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