O governo dos Estados Unidos está se preparando para uma revolução na arrecadação financeira, projetando um impressionante montante mensal que ultrapassa US$ 50 bilhões. Essa previsão, revelada pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick, em uma entrevista à Fox News, indica um aumento de cerca de US$ 20 bilhões se comparado ao mês anterior. A razão para este crescimento está ligada à nova rodada de tarifas, que variam de 10% a 50% sobre produtos importados de diversas nações, incluindo o Brasil.
As novas diretrizes, que começaram a valer na última quinta-feira (7), fazem parte de uma estratégia comercial protecionista da administração do presidente Donald Trump, com o intuito de fortalecer a indústria nacional e incrementar a receita do governo. Setores estratégicos, como farmacêuticos e semicondutores, estão no centro dessa nova política, prometendo um impacto significativo na arrecadação federal.
Enquanto as tarifas sobre chips e semicondutores podem chegar a até 100%, há um incentivo para as empresas que se comprometerem a produzir esses componentes em solo americano, com a possibilidade de isenção de taxação. No setor farmacêutico, a tarifa progressiva pode chegar a impressionantes 250% e já está em fase de implementação. Essa iniciativa visa revitalizar uma indústria que, em seu auge nos anos 90, era responsável por 40% da produção global de semicondutores, e que atualmente caiu para apenas 12%. Lutnick projeta que os investimentos domésticos nesse setor podem atingir a marca de um trilhão de dólares.
No cenário internacional, acordos semelhantes foram firmados com a União Europeia e o Japão, que aceitaram uma tarifa de 15% sobre a maioria de suas exportações. Contudo, as negociações com a China estão em andamento, e a trégua tarifária atual está programada para expirar em 12 de agosto. Lutnick indicou a possibilidade de uma extensão desse acordo por até 90 dias, mas a decisão final ainda depende da equipe de comércio e do presidente Trump.
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