No centro deste plano arrojado está a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, articulada através de uma Medida Provisória (MP). Esta iniciativa visa beneficiar companhias que enfrentaram uma queda na competitividade no cenário externo. Lula destacou que o montante pode ser ampliado conforme a evolução dos impactos econômicos, e o Ministério da Fazenda projeta que, ao menos, 70% dos exportadores terão acesso a essa ajuda.
Além da linha de crédito, o pacote inclui medidas complementares que visam fortalecer as exportações:
- Diferimento de tributos: adiamento de até dois meses no pagamento de impostos e contribuições federais;
- Compras públicas: aquisição de produtos perecíveis em estoque, como peixes, frutas e mel, por estados e municípios;
- Reforma do Fundo de Garantia à Exportação (FGE): ampliação da cobertura de riscos para empresas de diversos portes;
- Manutenção de empregos: exigência de preservação de postos de trabalho, com flexibilização em situações de forte impacto financeiro.
Para viabilizar essas medidas, a equipe econômica do governo considera a utilização de recursos excedentes do Orçamento que não sejam contabilizados no limite de despesas do arcabouço fiscal. Contudo, se os gastos ultrapassarem o previsto, será preciso cortar investimentos em outras áreas.
Além do apoio financeiro direto, Lula planeja explorar novos mercados e incentivará os exportadores a contestar a sobretaxa na Justiça americana. Nas últimas semanas, ele tem dialogado com líderes do Brics, como Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e Narendra Modi (Índia), a fim de descobrir novas oportunidades comerciais.
O governo também está avaliando a implementação de medidas de reciprocidade direcionadas a produtos norte-americanos, de forma pontual e negociada com os setores produtivos. Contudo, há divisões entre empresários. Enquanto alguns temem que essa estratégia eleve os custos de importados e prejudique a economia interna, outros a veem como uma alternativa viável para pressionar por negociações mais favoráveis.
Esses desenvolvimentos são cruciais para moldar o futuro do comércio exterior brasileiro e garantir a competitividade das empresas. O que você acha desse novo pacote de medidas? Compartilhe sua opinião nos comentários!