17 julho, 2025
quinta-feira, 17 julho, 2025

Governo federal deve publicar até terça-feira decreto para responder tarifa de Trump

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Imagem do evento onde foi anunciada a resposta às tarifas de Trump

Um desdobramento significativo nas relações Brasil-EUA está prestes a acontecer: até esta terça-feira, o governo federal deve publicar um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade. Anunciada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante um evento em São Paulo, essa medida se torna uma resposta direta à sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Embora o decreto esteja em fase de elaboração, a prioridade do governo é reverter essa decisão antes que ela entre em vigor, prevista para 1º de agosto. “Acreditamos que essa tarifa é inadequada e não encontra justificativa”, destacou Alckmin, ressaltando a longa amizade entre os dois países. O ex-presidente americano, Donald Trump, argumentou, em carta enviada ao presidente Lula, que a relação comercial é “injusta” e “não recíproca”.

Contrariando essa afirmação, dados oficiais revelam que os EUA mantêm um superávit comercial com o Brasil há 17 anos, exportando mais do que importam. Em resposta, Lula convocou uma reunião de emergência, reiterando que o Brasil não aceitará ser tratado de forma desigual. “Somos um país grande, soberano. O povo brasileiro precisa ser respeitado”, afirmou nas redes sociais.

A Lei da Reciprocidade, recentemente aprovada e sancionada por Lula, permite ações de retaliação a barreiras comerciais impostas por outros países. Dentre as medidas, estão incluídas a aplicação de sobretaxas sobre produtos importados e a suspensão de acordos comerciais. O decreto a ser divulgado definirá como essas ações poderão ser implementadas.

Enquanto o governo se prepara para uma possível retaliação, Lula pretende se reunir com a indústria e exportadores afetados pela sobretaxa americana para avaliar os impactos. Um comitê interministerial liderado por Alckmin coordenará as negociações. Na comunicação de Trump, ele deixou claro que poderá rever as tarifas se o Brasil “abrir seus mercados”, mas advertiu que qualquer retaliação será respondida com novas elevações nas taxas sobre produtos brasileiros. Lula, por sua vez, enfatizou que não aceitará ameaças.

O cenário é grave e crucial para as relações bilaterais, e cada movimento será amplamente observado. O que você pensa sobre a resposta do Brasil a essa situação? Compartilhe sua opinião abaixo e participe da discussão!

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