
O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, tomou uma decisão significativa ao retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). O país atuava como membro observador desde 2021, e a informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Essa movimentação é mais um capítulo nas crescentes tensões diplomáticas entre Brasil e Israel, intensificadas desde o início da atual guerra. A relação se deteriorou desde que Lula assumiu a presidência, especialmente após críticas à atuação israelense na Faixa de Gaza, onde milhares perderam a vida.
- A sociedade israelense acusou o governo brasileiro de adotar posturas consideradas pró-Hamas.
- O ponto culminante ocorreu em fevereiro de 2024, quando Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza aos horrores do Holocausto, levando-o a ser declarado persona non grata em Israel.
- Como resposta, o presidente brasileiro retirou o embaixador do Brasil em Tel Aviv, acrescentando mais tensão à relação bilateral.
- Israel também se mostrou preocupado com a condução diplomática, dado que o Brasil ainda não aprovou o nome do novo embaixador indicado para a missão diplomática em Brasília.
Recentemente, ao criticar o apoio do Brasil a uma ação judicial da África do Sul, que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza, a chancelaria israelense confirmou a saída do Brasil da IHRA, criada para lutar contra o antissemitismo.
Embora a decisão ainda não tenha sido oficialmente anunciada pelo governo brasileiro, fontes diplomáticas em Israel confirmaram que o Itamaraty já comunicou a embaixada em Brasília sobre o processo, mas não forneceu detalhes sobre as razões para esta saída.
Além dessa retirada, no dia 23 de julho, o Brasil deu mais um passo para o distanciamento diplomático ao ingressar formalmente na ação judicial contra Israel, que tramita na Corte Internacional de Justiça, proposta pela África do Sul. Essa ação acusa Israel de genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza.
O cenário atual levanta questões sobre as implicações futuras nas relações entre os dois países e como essa mudança poderá afetar o papel do Brasil na diplomacia internacional. O que você pensa sobre essa decisão? Compartilhe sua opinião nos comentários!