
Após uma megaoperação desferida no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, o clima de urgência ressoou entre os integrantes do Ministério da Justiça. A ideia central? Priorizar o “PL Antifacção”, um projeto que promete oferecer uma resposta mais ágil à sociedade em vez de focar na prolongada tramitação da PEC da Segurança Pública. Esta nova estratégia busca otimizar os esforços do governo em tempos desafiadores.
Insiders da pasta revelam que o texto do PL Antifacção deverá ser enviado ao Congresso até o fim da semana, e os auxiliares do ministro, Ricardo Lewandowski, acreditam que a proposta enfrenta menor resistência em comparação com a PEC que, há meses, aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Nos próximos dias, Lewandowski deverá se encontrar com o presidente Lula para afinar os últimos detalhes do projeto, garantindo que tudo esteja pronto para sua apresentação imediata. Além disso, haverá uma reunião entre membros da Casa Civil, do Ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União para discutir os pormenores da proposta que promete reformular a abordagem do Brasil contra facções criminosas.
Em um momento decisivo, o presidente da Câmara, Hugo Motta, assumiu publicamente o compromisso de priorizar o PL Antifacção. O deputado paraibano visualiza alternativas para acelerar a tramitação do projeto, evitando que ele passe por uma comissão especial, o que poderia prolongar ainda mais sua análise.
“Na semana passada, o ministro anunciou que enviará ao Congresso um projeto fundamental contra as facções criminosas. Reiteramos que daremos total prioridade à proposta, buscando uma deliberação rápida, dado o cenário crítico que enfrentamos”, afirmou Motta.
O PL Antifacção propõe profundas modificações na Lei de Execuções Penais e na Lei de Organizações Criminosas, incluindo a criação de empresas fictícias que visam infiltração no crime organizado como estratégia de coleta de informações valiosas.

A operação que acionou toda essa movimentação aconteceu nos complexos da Maré e do Alemão, onde mais de 60 pessoas perderam a vida, estabelecendo um triste recorde de letalidade nas ações policiais da história recente do Brasil. Essa tragédia acendeu ainda mais a necessidade de ações efetivas para enfrentar o crime organizado.
Ouvimos sua opinião: o que você achou da proposta do PL Antifacção? Você acredita que a nova estratégia poderá transformar a segurança no Brasil? Compartilhe suas impressões e vamos debater juntos sobre essa importante questão.