
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua insatisfação em relação à postura dos Estados Unidos nas recentes negociações comerciais. Em uma entrevista à Band, Haddad revelou que uma reunião previamente agendada com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, foi cancelada devido a compromissos da agenda. No entanto, em um desdobramento curioso, o deputado Eduardo Bolsonaro foi recebido logo após essa alteração. “Recebi um e-mail confirmando o encontro, e, após o cancelamento, a recepção ao deputado levanta sérias questões sobre a disposição da Casa Branca em discutir a crise comercial”, enfatizou Haddad.
Em resposta às tarifas impostas pelos EUA às exportações brasileiras, o governo acionou a Lei da Reciprocidade Econômica, que permite um prazo de até 210 dias para que medidas ajustem as condições comerciais entre os dois países. Apesar de seguir esse procedimento formal, a administração de Lula busca reforçar o diálogo direto para solucionar a crise.
Além da questão comercial, Haddad também apresentou uma proposta ambiciosa: isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil mensais. Destacando que essa medida é “neutra do ponto de vista fiscal”, ele defende que a iniciativa ajudará a corrigir desigualdades históricas e beneficiará cerca de 15 milhões de brasileiros. A compensação para a arrecadação viria de 141 mil milionários que atualmente estão isentos do imposto.
Por fim, ao mencionar as estatais, o ministro abordou os desafios enfrentados pelos Correios. Ele destacou que a empresa opera com subsídios, enquanto seus concorrentes não têm a obrigação de realizar a entrega de cartas, o que gera uma significativa desvantagem competitiva.
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