
No coração de São Paulo, durante o seminário “Brazil 2030: Fostering Growth, Resilience and Productivity”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou uma visão provocadora sobre a economia. Com um tom desafiador, ele defendeu sua equipe econômica, expressando mais preocupação com o ajuste das variáveis sob controle do governo do que com as projeções volúveis do mercado financeiro.
“Às vezes, fico receoso com a calibragem da trajetória fiscal e da Selic”, comentou Haddad, enfatizando a necessidade de equilibrar cortes de gastos com reposição. Seu discurso foi um convite à reflexão, revelando que muitas previsões econômicas, segundo ele, são orientadas por “paixões” em vez de fundamentos racionais. Ele fez uma referência um tanto irônica ao ex-ministro Delfim Netto, que comparou as previsões econômicas com as previsões de astrólogos, sugerindo que esses últimos às vezes têm mais acertos.
O ministro não deixou de lembrar os altos e baixos das expectativas econômicas. “Muita gente dizia que a economia não ia crescer e que a inflação ia explodir. Agora, vemos uma correção nas projeções”, disse, referindo-se ao crescimento de quase 7% da economia brasileira nos últimos dois anos. Ele se mostrou otimista com as estimativas do PIB, que estão sendo revisadas para cima, e previu uma inflação abaixo da registrada em 2023.
Haddad reconheceu que também errou em suas previsões, mencionando sua expectativa anterior de que o dólar estaria em R$ 5,70. “Hoje, está em R$ 5,40, o que levanta questões sobre a credibilidade das previsões econômicas”, refletiu. Apesar dessas oscilações, ele reafirmou a confiança em sua equipe econômica, composta por profissionais qualificados e respeitados no cenário nacional.
Ao final, Haddad deixou claro que, embora o governo acompanhe as projeções de mercado, ele atua com autonomia e firmeza, sempre buscando a estratégia mais adequada para o país. E você, o que pensa sobre as previsões econômicas e a atuação do governo? Deixe sua opinião nos comentários!