
Em uma coletiva nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo só revelará suas estratégias de contingência após a decisão final dos EUA sobre as tarifas impostas ao Brasil. A expectativa é que a tarifa de 50%, anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, entre em vigor na próxima sexta-feira, dia 1º. Até o momento, não há indícios de que essa medida será revertida.
Haddad destacou que a situação atual é complexa, permeada por contaminação política, o que tornou as negociações ainda mais desafiadoras. Ele comentou que “essa semana foi uma semana melhor” e expressou otimismo de que, com a postura do Brasil, o impasse pode ser superado. O ministro também atribuiu a origem do problema a figuras “do próprio país”, referindo-se a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A interferência política se torna evidente com a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirmou, em declarações, que sua influência poderia complicar ainda mais as negociações. Reportagens revelaram que uma comitiva de senadores brasileiros, em viagem aos EUA, tem evitado divulgar suas agendas por receio de ações do deputado federal licenciado.
Com as implicações das tarifas na balança comercial e na economia brasileira como pano de fundo, Haddad assegurou que o governo está comprometido em continuar as conversas, independentemente do prazo crítico de sexta-feira. A expectativa é que o plano de contingência, crucial para mitigar os efeitos do tarifaço, seja elaborado em tempo hábil, assim que as decisões se tornarem claras.
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