Na última terça-feira, a ação de membros do Centrão, em meio à crescente expectativa sobre a aprovação da compra do Banco Master pelo Banco de Brasília, ganhou destaque. O coração dessa manobra? Um projeto de lei que busca dar ao Congresso a capacidade de destituir o presidente e diretores do Banco Central. O clima em Brasília estava tenso e o impacto desta proposta preocupava o governo.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, expressou sua preocupação com a falta de diálogo entre os líderes políticos e o governo. “Não foi conversado conosco e nem com o Banco Central”, afirmou Haddad, que se mostrou cético em relação à necessidade do projeto, ressaltando que não vê motivos para sua aprovação. A pressa dos deputados coincide com momentos críticos, gerando especulações sobre a real intenção por trás da urgência.
Durante uma coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre a possibilidade de pressão do Congresso na aprovação da operação, o ministro optou por não especular sobre tais circunstâncias, preferindo focar no que considera relevante. Para Haddad, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 65 é o verdadeiro ponto de interesse. Essa PEC visa conceder autonomia financeira, orçamentária e administrativa ao Banco Central, algo que ele e outros líderes acreditam ser fundamental para o fortalecimento da autarquia.
Haddad reforçou que o Banco Central precisa urgentemente de uma infraestrutura digital robusta e capacidade regulatória aprimorada, principalmente em meio à complexidade de sistemas como o Pix. Para ele, fortalecer essa instituição é um caminho promissor e necessário para o futuro econômico do país.
Ainda sobre a autonomia, o ministro destacou que o Banco Central deve ter um orçamento próprio para enfrentar suas responsabilidades, mas alertou contra a ideia de transformá-lo em uma entidade de direito privado, levantando questões sobre as intenções por trás de tais mudanças.
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