28 outubro, 2025
terça-feira, 28 outubro, 2025

Hamas entrega mais um corpo de refém a Israel, e famílias exigem devolução total antes de ampliar trégua em Gaza

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Cortejo fúnebre de Yossi Sharabi

Em um momento de profunda tristeza, o Hamas devolveu mais um corpo de um refém israelense, elevando para 16 o total de restos mortais entregues desde o início do acordo de cessar-fogo. A entrega, realizada na última segunda-feira (27), foi mediada pela Cruz Vermelha, que repassou o caixão às forças armadas israelenses no território. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que o corpo está sendo encaminhado para identificação em Israel, com apoio do exército e do Shin Bet, o serviço de segurança interna.

Essa devolução ocorre em um cenário de crescente pressão das famílias dos reféns, que exigem a suspensão das próximas etapas do acordo até que todos os corpos sejam restituídos. O Fórum das Famílias de Reféns, principal representação dos parentes, destacou que o pacto original previa o retorno de todos os sequestrados, vivos ou mortos, até o dia 13 de outubro. As famílias apelaram ao governo israelense, à administração americana e aos mediadores para que não avancem para a próxima fase até que as obrigações do Hamas sejam cumpridas.

O plano mediado pelos Estados Unidos para a segunda fase do acordo inclui o desarmamento do Hamas, anistia ou exílio de seus combatentes e a retirada contínua do Exército israelense da Faixa de Gaza — questões que continuam a ser debatidas. Desde o ataque devastador de 7 de outubro de 2023, que resultou no sequestro de 251 pessoas e na morte de 1.221 israelenses, o Hamas libertou 20 reféns vivos e entregou os corpos de 16 dos 28 falecidos. O grupo alega enfrentar dificuldades para localizar os corpos em um território devastado por dois anos de guerra.

O governo israelense informou que a Cruz Vermelha, juntamente com membros do Hamas e uma equipe egípcia, está envolvida nas buscas pelos restos mortais. Israel também permitiu a entrada de um comboio egípcio na Faixa de Gaza e autorizou técnicos a cruzar a “linha amarela”, que delimita a área controlada pelo exército. Imagens da AFPTV estão documentando o trabalho de escavadeiras e caminhões que removem escombros no bairro de Al Tuffah, na Cidade de Gaza. Khalil al Hayya, negociador do Hamas, citou as dificuldades das buscas devido às mudanças no relevo causadas pelos bombardeios e à perda de vidas que sabiam onde os corpos estavam enterrados.

Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Gaza, sob a administração do Hamas, afirma que 68.527 palestinos perderam a vida desde o início da ofensiva israelense, a maior parte civis — números que a ONU considera confiáveis. A difícil realidade que essas famílias enfrentam nos leva a refletir sobre a urgência de uma resolução que traga paz e dignidade a todos os envolvidos. Compartilhe seus pensamentos e sentimentos sobre essa situação nos comentários. Sua voz importa e pode fazer a diferença.

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