9 setembro, 2025
terça-feira, 9 setembro, 2025

Hidrelétrica de Itaipu chega ao marco de 3,1 bilhões de MWh produzidos

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A Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai, acaba de atingir uma marca impressionante: 3,1 bilhões de megawatts-hora (MWh) de energia gerados desde sua inauguração em 1984. O feito foi registrado às 18h54 da última sexta-feira (5) e anunciado pela Itaipu Binacional na segunda-feira (8).

Esse montante é tão expressivo que poderia abastecer todo o mundo por 44 dias ou o Brasil por mais de seis anos. Mesmo antes de atingir esta cifra, Itaipu já era a maior produtora de energia elétrica do planeta.

Enio Verri, diretor-geral da Itaipu, destaca que esse número representa mais do que uma simples estatística. “É o resultado de décadas de trabalho conjunto entre brasileiros e paraguaios, inovação tecnológica e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, afirma.

Desde a sua construção, que começou em 1973, Itaipu se firmou como uma importante fonte de energia. O primeiro bilhão de MWh foi alcançado em 2001, em meio a uma crise de racionamento no Brasil. Marcas posteriores, como 2 bilhões em 2012 e 3 bilhões em março de 2024, refletem sua crescente importância no cenário energético.

Atualmente, Itaipu é responsável por cerca de 9% do consumo de energia elétrica no Brasil, atuando como uma verdadeira bateria natural para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Isso é fundamental, especialmente com o crescimento das energias renováveis, como a eólica e a solar, que são intermitentes e variam conforme as condições climáticas.

A usina exerce um papel estratégico ao garantir a estabilidade energética, especialmente durante os picos de consumo no final da tarde, onde pode representar até 30% desse atendimento. Essa contribuição é essencial para a confiabilidade do sistema elétrico à medida que mais fontes renováveis são incorporadas.

Historicamente, o Paraguai nunca utilizou totalmente a energia disponível, resultando em excedentes que o Brasil compra. No entanto, com o aumento do consumo paraguaio, impulsionado pela economia e a instalação de data centers, a projeção é que, até 2035, o excedente deixe de existir. Atualmente, 69% é consumido no Brasil e 31% no Paraguai.

A Itaipu está se preparando para essa mudança, estudando a construção de mais duas turbinas geradoras e investindo em energia renovável. Um projeto inovador visa transformar o leito do Rio Paraná em um parque solar, com a possibilidade de dobrar a capacidade de geração, que atualmente é de 14 mil megawatts (MW). O desenvolvimento de energia a partir de hidrogênio verde e biogás também faz parte dos planos da usina.

Além disso, um ambicioso projeto de atualização tecnológica, iniciado em maio de 2022, está em andamento, com investimentos de aproximadamente US$ 670 milhões alocados e um prazo de 14 anos para implementação. Os equipamentos em uso, como turbinas, estão em excelente estado e preparados para um longo futuro de operação.

Olhando para o futuro, Itaipu não apenas reafirma sua importância na matriz energética brasileira, mas também se posiciona como um líder em inovação e sustentabilidade. Queremos ouvir você: o que pensa sobre o papel de Itaipu no futuro da energia? Deixe seu comentário!

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