Em uma descoberta alarmante, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luís Felipe Salomão, decidiu manter a prisão de Ricardo Bekeredjian, que foi flagrado com um arsenal impressionante: 157 armas de diversos calibres escondidas em um bunker atrás de um fundo falso no armário da casa de sua falecida mãe, em São Paulo. Essa revelação veio à tona após uma operação da Polícia Civil, que já investigava Bekeredjian por tráfico de armas, o levando a pagar uma fiança de R$ 50 mil para responder em liberdade antes do flagrante.
O arsenal, composto por pistolas, revólveres e até armas utilizadas em conflitos bélicos, era parte de um esquema mais amplo de venda de armamentos às organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). O burburinho em torno de seus atos ilícitos aumentou, especialmente após a Polícia Civil determinar que, embora tivesse registro como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC), esse documento servia apenas como fachada para suas atividades ilegais.
Preso já respondia por tráfico internacional de armas
Reprodução/Polícia Civil
Armas seriam comercializadas com o crime organizado
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Arsenal ilegal era composto também por pistolas e revólveres
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Armas usadas em guerra estavam em bunker
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Bekeredjian, que possui 72 armas registradas em seu nome, foi detido em dezembro de 2024 e, desde então, vem tentando obter sua libertação. Entretanto, o STJ manteve a legalidade de sua prisão, e o caso será analisado em colegiado. Embora a denúncia inicial não aponte seu envolvimento direto com facções, as investigações indicam que ele poderia estar fornecendo armas a grupos criminosos.
Antes de seu recente encarceramento, Bekeredjian já havia chamado a atenção das autoridades em outras circunstâncias. Ele foi preso em flagrante, transportando munições e fuzis desmontados na região da Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai. Para disfarçar a carga, usou caixas de som e anabolizantes, mas mesmo assim conseguiu ser solto após pagar fiança. Sua trajetória criminosa inclui uma prisão em 2007, ao tentar embarcar com 30 mil dólares não declarados para Foz do Iguaçu, ponto chave para o tráfico de drogas e armas.
A saga de Ricardo Bekeredjian é um claro retrato da luta contínua contra o tráfico de armas no Brasil. O que você pensa sobre casos como este? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão!