Um homem foi sentenciado a 45 anos de prisão pelo assassinato de um policial militar da Ronda Ostensiva Tobias Aguiar (Rota) em Guarujá, litoral de São Paulo. O soldado Patrick Bastos Reis foi morto em 27 de julho de 2023, enquanto realizava patrulhamento em um ponto de venda de drogas no Morro da Vila Júlia. Durante a ação, ele e mais três policiais foram atacados a tiros, resultando na morte de Patrick. Os outros agentes conseguiram sobreviver aos ferimentos.
Esse trágico evento foi a primeira morte de um PM da Rota em serviço desde 1999 e provocou a implementação da Operação Escudo, um esforço que levou a 38 intervenções policiais no segundo semestre do ano. As iniciativas, em conjunto com a Operação Verão, causaram um aumento alarmante nas mortes na Baixada Santista.
Dados oficiais revelaram que 84 pessoas perderam a vida durante essas operações. Em julho deste ano, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) concluiu as investigações sobre o caso, decidindo arquivar os inquéritos que apuravam possíveis abusos cometidos por policiais.
As investigações apontam que Erickson David da Silva, conhecido como “Deivinho”, é o principal suspeito dos disparos que resultaram na morte do soldado. Embora tenha admitido sua presença no local, ele alegou não ter sido o responsável pelos tiros. Laudos revelaram que a bala que atingiu Patrick não veio da pistola 9mm que estava sob posse dele.
Outros dois envolvidos, Marco Antônio de Assis Silva, apelidado de “Mazzaropi”, e Kauã Jazon da Silva, irmão de Deivinho e identificado como “olheiro”, também foram investigados. No Tribunal do Júri, um réu foi absolvido, enquanto outro foi condenado por associação ao tráfico. O autor principal dos disparos recebeu uma pena de 45 anos e 2 meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra os outros policiais presentes no momento do ataque.
Em um contexto igualmente sombrio, apenas alguns dias após essa condenação, outro caso foi julgado na Justiça de São Paulo. Kaique Coutinho do Nascimento, de 21 anos, recebeu uma pena de 24 anos de prisão pelo assassinato do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, que perdeu a vida em fevereiro de 2024 durante uma abordagem policial em Santos.
Esses incidentes mais uma vez ressaltam a complexidade e os perigos que os policiais enfrentam no combate ao crime, além de levantar perguntas sobre a segurança nas operações em áreas críticas.
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