25 agosto, 2025
segunda-feira, 25 agosto, 2025

Hospital bombardeado em Gaza por Israel era usado por jornalistas para transmissões ao vivo

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Hospital Nasser em Gaza

Na manhã desta segunda-feira (25), um ataque de drone israelense ao hospital Nasser, localizado em Khan Yunis, mais uma vez destacou os riscos enfrentados por jornalistas em áreas de conflito. O local, que servia como base para transmissões ao vivo de repórteres internacionais, acabou se tornando um cenário de tragédia, levando à morte de quatro profissionais dedicados.

Os jornalistas, Hossam Al Masri, cinegrafista da Reuters, Mohamed Salama, cinegrafista da Al Jazeera, Mariam Abu Daqqa, repórter da AP, e Moaz Abu Taha, repórter da NBC, perderam a vida em um ataque que foi descrito por colegas como devastador. As informações revelam que o último andar do hospital, especificamente um ponto em uma escada de incêndio, era um local habitual para jornalistas devido à boa conexão elétrica e de internet, essenciais para suas transmissões.

Na sequência do primeiro impacto, colegas e socorristas se apressaram para ajudar os feridos, apenas para serem surpreendidos por um segundo ataque. Este ato violento resultou na perda de pelo menos 14 vidas. O fotógrafo Hatem Khaled, da Reuters, também ficou ferido, assim como um funcionário da Defesa Civil, que não sobreviveu aos ferimentos.

As condições em Gaza tornam a cobertura jornalística extremamente perigosa. Segundo informações do governo local, desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, 244 jornalistas já foram mortos, marcando um dos períodos mais mortais da história recente para a imprensa. A ausência de repórteres estrangeiros, devido às restrições de Israel, aumenta ainda mais a dependência de jornalistas locais para reportar a realidade da população.

O risco dessa cobertura foi amplamente reconhecido em declarações de organizações de defesa da liberdade de imprensa, que chamam a atenção para a urgência de uma investigação sobre crimes de guerra, permitindo que os jornalistas palestinos sejam ouvidos não apenas como testemunhas, mas também como vítimas. A situação permanece incerta, enquanto o mundo observa com preocupação o desdobramento dos eventos em Gaza, um lembrete sombrio dos desafios da liberdade de imprensa em tempos de conflito.

Você conhece alguma história impactante sobre jornalistas que reportaram em zonas de conflito? Compartilhe sua experiência ou opinião nos comentários abaixo e vamos abrir um espaço para diálogo sobre a importância da liberdade de imprensa, mesmo nas condições mais adversas.

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