Um novo capítulo de turbulência do Oriente Médio se desenrola com a confirmação dos Houthis sobre a morte de Ahmed Al-Rahawi, primeiro-ministro do governo rebelde do Iêmen. O ataque aéreo israelense que selou seu destino ocorreu em 28 de setembro, durante um workshop do governo que visava avaliar atividades e desempenho. Esse incidente não só resultou na morte de Al-Rahawi, mas também levou à perda de outros ministros, aumentando a tensão na região.
O exército israelense, por sua vez, declarou que o bombardeio foi um ataque direcionado a um alvo militar dos Houthis na capital, Sanaa. Este grupo, alinhado ao Irã, tem intensificado lançamentos de mísseis contra Israel, especialmente à luz do conflito em Gaza, como uma forma de expressar solidariedade com os palestinos. No início da semana, os ataques israelenses deixaram pelo menos dez mortos e mais de cem feridos, segundo fontes de saúde vinculadas aos Houthis.
Os Houthis, uma facção militante xiita, enfrentam o governo do Iêmen há quase duas décadas, dominando Sanaa desde 2014 e forçando o governo reconhecido internacionalmente a se refugiar em Áden. A intervenção militar liderada pela Arábia Saudita buscou retirá-los do poder, mas a guerra civil que se seguiu se transformou em um dos mais graves desastres humanitários do planeta, ceifando centenas de milhares de vidas e gerando uma crise sem precedentes.
Construindo sua ideologia em torno da oposição a Israel e aos Estados Unidos, os Houthis se veem como parte do “eixo de resistência”, ao lado do Hamas e do Hezbollah. Seu lema reflete essa postura: “Alá é grande, morte à América, morte a Israel, maldição aos judeus, vitória ao Islã”.
Este trágico episódio não é apenas mais uma estatística em um conflito prolongado; é um lembrete sombrio das complexas relações e tensões que permeiam o Oriente Médio. O que você pensa sobre os desdobramentos desse conflito? Seu ponto de vista é muito importante para nós! Compartilhe sua opinião nos comentários.