1 novembro, 2025
sábado, 1 novembro, 2025

Humanos avançam para “caos climático”, alertam cientistas

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Furacão Melissa em imagem de satélite

Um novo estudo de um grupo de cientistas renomados soou o alarme: a humanidade está caminhando para um caos climático. O relatório revela que, em 2024, o consumo de combustíveis fósseis atingiu patamares históricos, com o uso de petróleo, gás e carvão liberando uma quantidade recorde de gases de efeito estufa. Este desígnio, publicado na revista BioScience, escancara a urgência da situação que estamos enfrentando.

Os cientistas alertam que o aumento das emissões está exacerbando eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades, inundações e incêndios florestais, que se tornaram cada vez mais frequentes e intensos. O relatório também destaca que a saúde do planeta está em risco, evidenciada por temperaturas recordes nos oceanos, um degelo acelerado das calotas polares e uma devastação crescente das florestas devido a incêndios. O furacão Melissa, recentemente registrado, exemplifica como essa mudança climática afeta vidas e comunidades de maneira sem precedentes.

Uso de combustíveis fósseis atingiu níveis históricos
Uso de combustíveis fósseis atingiu níveis históricos em 2024, acendendo alerta de pesquisadores (Imagem: Hamara / Shutterstock.com)

Embora algumas regiões estejam avançando na transição energética, os dados do Energy Institute revelam um aumento de 1,5% no uso global de combustíveis fósseis em 2024. O dióxido de carbono gerado pelas fontes de energia também bateu recordes, alinhando-se ao oposto do que é necessário para mitigar a crise climática.

Ainda há pontos de luz. Por exemplo, a China registrou uma queda no consumo de combustíveis fósseis no primeiro semestre, e a energia renovável, especialmente na Califórnia, já é responsável por dois terços da eletricidade em algumas regiões. No entanto, esses avanços são ainda insuficientes frente à crescente pressão das emissões globais.

Derretimento de camada do permafrost
Derretimento de camada do permafrost (Imagem: Henrik A. Jonsson/Shutterstock.com)

William Ripple, professor da Oregon State University e um dos coautores do relatório, enfatiza que ainda é possível limitar os danos, mas isso exige ação imediata. Alternativas como eletricidade limpa, transporte sustentável e uma redução na criação de gado são fundamentais. A tarefa não é simples, mas cada fração de grau de aquecimento evitada pode fazer a diferença ao prevenir derretimentos de geleiras e a perda massiva de florestas.

Os cientistas alertam que os riscos de ultrapassagem de pontos críticos climáticos são alarmantes, e a transição energética, se realizada rapidamente, pode oferecer benefícios econômicos e ambientais significativos. Essa mudança é mais viável financeiramente do que lidar com as consequências de um clima fora de controle.

Por fim, o relatório critica políticas que fomentam a produção de combustíveis fósseis, como as implementadas durante o governo anterior nos EUA. É crucial que outros países liderem nessa luta, especialmente considerando que as emissões são majoritariamente atribuídas ao consumo elevado dos 10% mais ricos da população mundial. Medidas como redução do consumo excessivo, proteção dos ecossistemas e dietas menos dependentes de carne são almejadas pelos especialistas, que ressaltam a necessidade de uma profunda reverberação em nossas ações, valores e estruturas econômicas.

Agora, é sua vez de agir! O que você pensa sobre a crise climática e as medidas necessárias para enfrentá-la? Compartilhe sua opinião abaixo!

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