
Em meio a uma intensa batalha por dominância no mercado de delivery, que já é o quinto maior do mundo, o iFood se vê embrenhado em um escândalo de espionagem corporativa. A liderança do aplicativo não apenas denuncia práticas desleais, mas também revela que seus funcionários têm sido alvos de assédio por parte de concorrentes internacionais, especificamente chineses.
Recentemente, um ex-funcionário da empresa foi implicado em uma investigação, acusado de baixar um volume significativo de documentos estratégicos antes de entregar essas informações a um rival. Esses dados, que abrangem informações sobre 4,9 mil restaurantes, levantaram alarmes dentro da companhia, que busca proteger sua propriedade intelectual e suas operações.
Na última sexta-feira, mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil em São Paulo, vislumbrando desmantelar a rede de espionagem. As evidências revelam que os documentos contêm informações cruciais, como as taxas que o iFood cobra de restaurantes e cláusulas de contrato, informações que um funcionário de vendas, responsável por apenas 100 estabelecimentos, não deveria ter acessado.
A descoberta da espionagem foi desencadeada por uma série de assédios a funcionários da empresa. O iFood, então, implementou um sistema de monitoramento das atividades nos computadores corporativos. Nessa análise, ficou claro que o ex-funcionário investigado recebeu um convite por e-mail para se juntar a uma concorrente e, em um curto espaço de tempo, adquiriu e compartilhou arquivos sensíveis antes de pedir demissão.
Após a denúncia, a polícia de Piracicaba iniciou ações e ouviu o ex-funcionário, que, por sua vez, negou as acusações, alegando que se apresenta como advogado e agora trabalha na 99 Food. As investigações apontam que o interesse por informações sigilosas do iFood está sendo orquestrado por consultorias de países como China e Japão, que oferecem valores exorbitantes para capturar dados estratégicos sobre a operação da empresa.
Esse caso não é apenas sobre competição, mas sim um reflexo das práticas crescentes no mercado global de delivery, onde a linha entre concorrência e ética pode se tornar perigosamente confusa. O iFood, por sua vez, se vê numa luta não apenas por seu espaço no mercado, mas pela integridade de suas operações. Você acredita que a espionagem corporativa é uma prática comum no mundo dos negócios? Compartilhe sua opinião nos comentários!