Nos bastidores do mundo dos aplicativos de entrega, uma trama envolvente se desdobra. Funcionários de empresas como iFood e 99Food estão sendo alvos de propostas tentadoras de consultorias internacionais em troca de informações confidenciais, cometendo o que muitos chamam de espionagem corporativa. As ofertas variam de US$ 250 a impressionantes R$ 5.500 por uma conversa de apenas uma hora.
Por trás dessas propostas, várias consultorias, em sua maioria originárias da China, estão em busca de dados estratégicos. Informações sobre o número de usuários, receitas e até rotas de entregas são cobiçadas. Em um cenário onde o iFood reina, a pressão aumenta com a entrada de novas empresas competitivas, levando-as a agir de forma furtiva.

Relatos indicam que entregadores também estão sendo abordados; uma simples foto das rotas pode valer R$ 5. Essas manobras refletem um mercado em franca disputa, onde o iFood mantém a liderança, mas enfrenta a concorrência acirrada de empresas como Rappi e duas gigantes chinesas, 99Food e Keeta.
Em resposta, o iFood se manifestou, classificando as abordagens de consultorias como um “ataque coordenado e sistemático”. A empresa já tomou medidas legais, notificando formalmente as consultorias para que cessem as abordagens a seus funcionários, enquanto o 99Food admite que também está sob ameaça.

A gravidade da situação é reforçada pela regulamentação brasileira. A Lei de Propriedade Intelectual considera crime a venda de informações confidenciais em troca de vantagens competitivas. Com penas que variam de três meses a um ano de prisão ou multa, a prática é severamente punida.
Diante desse cenário complexo, é essencial que empresas e profissionais estejam atentos às armadilhas que o mercado competitivo pode oferecer. O que você pensa sobre essa espionagem no setor? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.