
As importações brasileiras dos Estados Unidos tiveram um crescimento expressivo, registrando um aumento de 11,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o período anterior. Este ritmo supera o crescimento das importações provenientes do restante do mundo, que foi de 8,3%. Os dados foram divulgados pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) no Monitor do Comércio Brasil-EUA.
Destaca-se nesse cenário a indústria de transformação, cuja participação nas importações foi de 90,6%, um aumento significativo em relação aos 87,7% do ano anterior. Em contrapartida, a indústria extrativa viu sua participação cair de 11,9% para 9%, enquanto a agropecuária manteve-se estável com 0,3%.
Entre os produtos com maior aumento nas importações dos EUA, estão os óleos combustíveis, que cresceram 37,1%, seguidos pelo petróleo bruto (35,7%), aeronaves (35,7%) e motores e máquinas não elétricas (26,2%). Medicamentos e produtos farmacêuticos também mostraram um crescimento notável, com um aumento de 30,1% e 19,3%, respectivamente.
Um ponto relevante é que o gás natural deixou de estar entre os dez principais produtos importados dos EUA, devido à recuperação dos reservatórios brasileiros e ao aumento da produção interna. O Estado de São Paulo liderou as importações, respondendo por 31,2% das compras, seguido pelo Rio de Janeiro (21,3%) e pela Bahia (5,6%).
No entanto, a recente notícia sobre tarifas de 50% a serem aplicadas a produtos brasileiros nos EUA gera apreensão. A Amcham, em seu relatório, defende a necessidade de um esforço diplomático para alcançar uma solução negociada em curto prazo, evitando assim consequências indesejadas para o comércio bilateral.
Que tal compartilhar suas opiniões sobre esse aumento nas importações e as possíveis tarifas? O que você acha que deveria ser feito para fortalecer as relações comerciais entre Brasil e EUA?