20 outubro, 2025
segunda-feira, 20 outubro, 2025

Incêndios florestais deterioram a qualidade do ar a quilômetros de distância, alerta ONU

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Incêndios florestais na Amazônia

Os incêndios florestais que devastam a Amazônia, o Canadá e a Sibéria não são apenas uma tragédia local; eles geram umaonda de poluição que se espalha milhares de quilômetros, afetando a qualidade do ar de milhões de pessoas. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) emitiu nesta sexta-feira (5) um alerta sobre uma anomalia alarmante na qualidade do ar da Amazônia em 2024, sublinhando a urgência de regimes globais que tratem as mudanças climáticas e a poluição como uma única questão interconectada.

A secretária-geral adjunta da OMM, Ko Barrett, destacou que “as mudanças climáticas e a poluição atmosférica não conhecem fronteiras nacionais”. As condições climáticas adversas, como o calor intenso e a seca, não apenas alimentam os incêndios florestais, mas também deterioram a qualidade do ar que respiramos. O relatório da OMM sobre qualidade do ar e clima evidencia como partículas microscópicas, conhecidas como aerossóis, são cruciais na complexa interação entre esses fenômenos, contribuindo para a formação de neblina de inverno e a poluição urbana.

Partículas finas, especialmente aquelas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (PM 2,5), são particularmente perigosas, pois conseguem penetrar nos pulmões e no sistema cardiovascular. Em 2024, a Amazônia experimentou um aumento significativo nos níveis de PM 2,5, o que evidencia a gravidade da situação. Como mencionado pela OMM, essa anomalia se deve à combinação de incêndios florestais sem precedentes na região oeste da Amazônia e as secas que afetam o norte da América do Sul. Lorenzo Labrador, um cientista da OMM, alertou que a temporada de incêndios tende a ser cada vez mais severa devido às mudanças climáticas.

Estes incêndios não se limitam a um único continente; eles geram poluição atmosférica que perdura em todo o mundo. Labrador ressalta que é possível observar a degradação da qualidade do ar em todos os continentes, especialmente quando as condições meteorológicas favorecem a dispersão dos poluentes. Um exemplo claro foi o das chamas no Canadá, que impactaram até mesmo a Europa, liberando uma mistura tóxica que comprometeu a saúde de muitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a poluição do ar resulta em mais de 4,5 milhões de mortes prematuras por ano globalmente, trazendo consequências devastadoras tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. Diante desse panorama alarmante, é essencial que todos nós comecemos a refletir sobre como nossas ações individuais e coletivas podem ajudar a mitigar esses impactos.

Como você vê o papel da sociedade na luta contra as mudanças climáticas e a poluição? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos fomentar essa discussão crucial!

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