A recente eliminação do Independiente da Copa Sul-Americana tomou proporções dramáticas após uma série de incidentes violentos entre torcedores. A diretoria do clube, abalada com a reviravolta, preparou uma carta incendiária ao presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, denunciando o que consideram uma condenação “injusta e política”.
Na carta, o clube argentino expressou seu repúdio à decisão da entidade, afirmando que a Conmebol ignorou suas próprias normas e agiu de maneira preconceituosa. “Com mais de 120 anos de história e uma sólida base de sócios, acreditamos que a nossa instituição merece respeito”, declarou o Independiente, em uma manifestação que ecoa a revolta e a frustração de seus torcedores.
O que amplificou a indignação do Independiente foi a percepção de tratamento desigual. Enquanto o clube de Avellaneda foi penalizado com uma multa de US$ 150 mil e uma proibição significativa de público em suas próximas partidas, a Universidade do Chile, seu oponente, parece ter sido tratada com mais leniência. “É evidente que há uma preferência por estruturas privadas em detrimento da verdade esportiva”, criticou o clube, ressaltando a diferença entre as sociedades anônimas e seu modelo tradicional, baseado em torcedores.
A situação foi ainda mais acentuada pelas brutais cenas de violência que deixaram 195 feridos durante o jogo. Torcedores chilenos enfrentaram uma verdadeira batalha nas arquibancadas, culminando em questionamentos sobre a segurança nas competições. “Essa decisão é um reflexo de uma política que permite que a violência se torne o atalho para a vitória”, alertou o Independiente.
Com o olhar firme no futuro, a diretoria do clube já vê um precedente perigoso para as competições na América do Sul. Na visão deles, premiar um clube que recorre à violência em detrimento do desempenho em campo é um golpe não somente para o Independiente, mas para o espírito do futebol. “O futebol deve ser decidido em campo, nunca sob a pressão da violência”, enfatizou, evocando um momento em que a Conmebol defendia a integridade do esporte.
Diante da certeza de que nada mudará sob a presidência de Dominguez, o Independiente fez um pedido sem precedentes: a retirada de todas as referências ao clube do museu da Conmebol. “É inaceitável que continuemos a ser utilizados para legitimar uma liderança que abandonou os princípios do futebol sul-americano”, afirmou a direção do clube. Eles exigem uma revisão dessa decisão, que abala não apenas sua identidade, mas todo um legado histórico.
Compartimos con nuestras socias, socios e hinchas la nota que el Club Atlético Independiente le presentó hoy al Presidente de la CONMEBOL, Alejandro Domínguez. pic.twitter.com/CG4WMGM6mZ
E agora, o que você pensa sobre essa polêmica? O que deveria mudar nas regras e diretrizes da Conmebol para garantir que o futebol permaneça como um espetáculo justo? Compartilhe suas ideias nos comentários!