25 setembro, 2025
quinta-feira, 25 setembro, 2025

Indústria do café prevê alta de até 15% nos preços nos próximos dias

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Nos próximos dias, os amantes do café poderão sentir um impacto significativo nos preços, conforme alerta a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Em uma coletiva realizada, o presidente da entidade, Pavel Cardoso, previu um aumento entre 10% e 15% nos valores do grão que será repassado aos supermercados. Este acréscimo é reflexo da elevação nos custos de aquisição da matéria-prima, que tem pressionado o mercado.

Embora o impacto seja notável, Cardoso ressaltou que o reajuste não deve ultrapassar a média histórica observada ao longo do ano. Celírio Inácio da Silva, diretor-executivo da Abic, esclareceu que o novo preço já foi comunicado ao varejo no início deste mês, e os consumidores podem esperar encontrá-lo nas prateleiras em breve.

A alta nos preços de 2025 resultou em uma queda drástica no consumo do café no Brasil. Dados recém-divulgados pela Abic mostram que entre janeiro e agosto deste ano houve uma retração de 5,41% nas vendas. Em números, isso representa uma queda de 10,11 milhões de sacas para 9,56 milhões de sacas, levando consumidores a repensar suas escolhas.

Os preços significativos também impactaram a variação entre os diferentes tipos de café. O café solúvel, por exemplo, sofreu um aumento alarmante de até 50,59%. Apesar da volatilidade, a Abic mantém uma perspectiva otimista, acreditando que o fechamento do ano de 2025 apresentará resultados similares aos do ano anterior.

Cardoso revela que, com base nos dados recentes de setembro, há uma esperança de que o consumo mostre uma recuperação surpreendente até o fim do ano. “Ainda é cedo para afirmações definitivas, mas os números indicam um possível cenário positivo”, ponderou.

A indústria de café enfrenta, no entanto, incertezas relacionadas às sobretaxas sobre as exportações para os Estados Unidos, país que importa a maior parte do café brasileiro. Cardoso comentou sobre a ordem executiva americana, que ainda gera dúvidas sobre a tarifa a ser aplicada: “Não está claro se voltará a zero ou permanecerá em 10%, mas acreditamos que o Brasil terá vantagens, já que a produção interna de café nos EUA é mínima.”

A expectativa de uma reunião entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos na próxima semana também alimenta esperanças de mudanças no cenário. “Este encontro pode ser um divisor de águas para o setor, refletindo a sensibilidade do café em relação à inflação americana”, completou.

Em paralelo, um estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou que, entre 15 e 22 de setembro, os preços do café arábica tipo 6 e do robusta sofreram quedas de 10,2% e 11,1%, respectivamente. Essa redução é atribuída a expectativas de chuvas nas regiões produtoras, além de uma liquidação de posições de compra na Bolsa de Nova York após altas expressivas, o que poderia indicar uma nova fase no mercado.

E você, como tem lidado com as mudanças nos preços do café? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos juntos entender os impactos dessas oscilações no nosso dia a dia.

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