15 agosto, 2025
sexta-feira, 15 agosto, 2025

Indústria química apoia Plano Brasil Soberano e quer mais negociações

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A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) manifestou apoio ao recém-lançado Plano Brasil Soberano, promovido pelo governo federal. Este plano é visto como uma resposta necessária diante dos desafios enfrentados pelo setor, que atualmente exporta cerca de US$ 2,5 bilhões anualmente para os Estados Unidos, um mercado vital para suas operações.

Recentemente, o governo dos EUA impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, somando-se a uma tarifa anterior de 10%, resultando num total de 50%. Essa situação levou a Abiquim a enfatizar a importância de um diálogo contínuo entre Brasil e EUA para mitigar os impactos econômicos adversos e maximizar as oportunidades de exportação.

O Plano Brasil Soberano não traz apenas suporte financeiro; ele também propõe ajustes tributários, prorrogação de prazos e proteções ao emprego, aspectos que vão ao encontro das reivindicações históricas do setor. Segundo a Abiquim, este plano se alinha às necessidades das indústrias que transformam insumos químicos em produtos de maior valor agregado, como plásticos, alimentos e cosméticos.

“Ele dialoga com demandas históricas do setor químico e de seus principais clientes – indústrias que transformam insumos químicos em produtos de maior valor agregado destinados ao mercado norte-americano, como plásticos, calçados, alimentos, vestuário, cosméticos e higiene pessoal”.

No contexto atual, a Abiquim observou que, dos 700 produtos envoltos no que ficou conhecido como “tarifaço”, cinco foram excluídos, representando cerca de US$ 1 bilhão em exportações. Essa exclusão abre espaço para que outros itens do setor possam ser retirados das tarifas, potencializando um adicional de US$ 500 bilhões em vendas.

Entretanto, a entidade alerta que a ampliação da lista de isenções de tarifas está atrelada a avanços nas negociações entre os dois governos. Além disso, caso as tarifas sejam mantidas, novas estratégias devem ser implementadas para explorar novos mercados e compensar as perdas do setor.

O panorama atual revela a necessidade de um monitoramento constante. A indústria química, que emprega uma mão de obra altamente qualificada, pode demorar a registrar impactos sobre o emprego, mas as incertezas requerem uma vigilância contínua. A Abiquim destaca que a eficácia do pacote atual deve ser avaliada, com a possibilidade de uma segunda fase de medidas.

E você, o que pensa sobre os desafios enfrentados pela indústria química no Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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